Os incêndios florestais voltaram a matar em Portugal. Do fim de semana até esta quarta-feira, o fogo que lavra no Centro e Norte do país já ceifou cinco vidas, de três bombeiros e de dois civis.
As histórias de vida de cada uma das vítimas começam agora a ser conhecidas. Uma das primeiras pessoas a morrer foi Carlos Eduardo, de 28 anos, na segunda-feira, 16 de setembro.
O brasileiro, conhecido por 'Chantilly Papai' nas redes sociais, morreu carbonizado, a tentar salvar as máquinas da empresa para a qual trabalhava, em Albergaria-a-Velha, no país para onde se mudou em busca de uma vida melhor.
De acordo com o jornal Público, Carlos Eduardo, que tinha uma filha pequena, nasceu na favela do Coque, na região mais pobre do Recife, e há cinco anos cruzou o Atlântico e instalou-se na Trofa. Sonhava ser músico e dançarino e tornou-se conhecido no Carnaval de Ovar, onde, além de mostrar os seus dotes como artista, lançava chantilly às pessoas.
Também em Albergaria-a-Velha, morreu um idoso de 88 anos. António Capela terá sofrido uma paragem cardiorrespiratória, após inalar fumo. O seu corpo foi encontrado junto à residência.
Já ontem, terça-feira, 17 de setembro, três bombeiros de Vila Nova de Oliveirinha perderam a vida quando combatiam um fogo no concelho de Tábua, em Coimbra.
Sónia Cláudia Melo tinha 36 anos e era também enfermeira no Hospital da Fundação Aurélio Amaro Diniz, em Oliveira do Hospital. Segundo o Correio da Manhã, a bombeira voluntária ia casar em breve com um empresário, dono de uma pastelaria, também bombeiro.
Também segundo o matutino, o bombeiro Paulo Santos era irmão do comandante da coorporação e cunhado de Sónia. Deixa duas filhas menores.
Susana Carvalho também tinha um filho, de 17 anos, que deixou órfão.
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