"Os salários são na base do salário mínimo nacional, existe formação, muita formação, cada vez também há menos procura na formação nesta área, porque [...] trabalhador é remunerado com o salário mínimo nacional", disse à Lusa o coordenador da Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal Luís Trindade.
A falta de mão de obra é um dos temas que vai ser abordado durante a cimeira, que decorre no dia Mundial do Turismo.
Para os sindicatos, o excesso de horas de trabalho aliado aos baixos salários "afasta os profissionais, porque não se veem valorizados, nem sequer aqueles que são do setor se estão a fixar e os mais novos não veem como futuro este setor".
Luís Trindade defendeu que o tempo de trabalho no turismo e hotelaria deve passar das 40 para as 35 horas semanais, porque os ritmos são "muito intensos".
"Temos situações de trabalhadores que, por vezes nem fazem as suas refeições, metendo a sua saúde e segurança em risco e achamos que a valorização profissional destes trabalhadores passa mesmo pela valorização do que estão a ganhar, não pode ser com uma política de baixos salários", realçou.
Os trabalhadores aprovaram uma resolução que será entregue ao Governo, onde acusam o patronato de voltar a "acumular lucros no período pós pandemia e não melhorar os salários dos trabalhadores".
O Turismo celebra hoje o dia do setor num ano que os atores do setor acreditam que será positivo, mas de consolidação de resultados, após um 2023 recorde.
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