Com um investimento de 30.000 euros nos velocípedes e 1.000 em capacetes, coletes refletores e cadeados, o que a câmara do distrito de Aveiro e da Área Metropolitana do Porto pretende é testar a adesão dos trabalhadores a um meio de transporte mais ecológico, que permita uma maior racionalização de consumos nos transportes e maior eficiência energética nos veículos usados.
"Este projeto-piloto quer chamar a atenção de toda a comunidade para a necessidade de promover hábitos de vida e modos de deslocação saudáveis, e de, ao mesmo tempo, retirar automóveis da rua, aliviando a circulação intensa do dia a dia", declarou à Lusa o presidente da Câmara, Joaquim Jorge Ferreira.
Depois de implementar uma rede local de bicicletas partilhadas para o público em geral e outra de velocípedes para uso exclusivo por alunos das escolas locais, a nova medida constitui um projeto-piloto que, segundo o autarca socialista, será devidamente monitorizado, na expectativa de "contagiar outras entidades do concelho e as incentivar a fazerem o mesmo" com os seus funcionários.
"Esperamos que este projeto se possa alargar a empresas e outras entidades do concelho, da região e do país", realçou Joaquim Jorge Ferreira, que se disse estar disponível para reforçar a frota se a procura o justificar.
Das 30 bicicletas disponíveis, nove já foram entregues, após o serviço de recursos humanos da autarquia apreciar as candidaturas submetidas por funcionários da autarquia.
A aprovação da cedência -- que na maioria dos casos é de caráter trimestral ou semestral, renovável -- teve em conta critérios como o número de quilómetros a percorrer pelo candidato até ao emprego e o número de dias por semana em que se dispõe a trocar o automóvel pela bicicleta, que só pode ser utilizada nas deslocações para o emprego.
À Câmara caberá assegurar aos utilizadores zonas de parqueamento próprio para as bicicletas, assim como postos de amarração e de carregamento, e uma revisão semestral ao veículo.
Aos beneficiários, por sua vez, compete pagar um seguro de responsabilidade civil, acidentes pessoais e furto ou roubo, e ainda realizar a "manutenção curativa" do velocípede, o que abrange aspetos como a reparação de furos e a limpeza, afinação e lubrificação de componentes.
Quanto a eventuais prejuízos materiais que se devam ao uso inapropriado ou negligente da bicicleta e respetivos acessórios, a autarquia avisa: "serão assumidos, na sua totalidade, pelo utilizador".
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