Projeto liderado pelo Politécnico da Guarda quer acelerar economia azul

Estudantes, investigadores e empreendedores da Irlanda, Espanha, França e Portugal vão responder a dez desafios para acelerar a economia azul, no âmbito de um projeto europeu liderado pelo Instituto Politécnico da Guarda (IPG).

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© Miguel Pereira da Silva / Global Imagens

Lusa
02/10/2024 10:28 ‧ 02/10/2024 por Lusa

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IPG

Tornar as operações de pesca mais eficientes, reduzir a poluição marítima por plástico e desenvolver mecanismos de base tecnológica que melhorem a segurança de processos de embarque e desembarque são alguns dos desafios que serão respondidos até dezembro.

 

Segundo o presidente do IPG, Joaquim Brigas, este programa pretende promover um desenvolvimento económico que não coloque em causa a sustentabilidade dos oceanos e do planeta.

"Essa sustentabilidade tem inevitavelmente de passar pela investigação académica e pela criação de soluções para as ameaças que as atividades económicas trazem ao equilíbrio ambiental, como a emissão de gases de efeito de estufa, a perda de biodiversidade e a poluição do ar e da água", defendeu.

Os desafios foram lançados há uma semana pelo ADT4Blue -- nome do consórcio europeu liderado pelo IPG -- com o objetivo de estimular a capacidade de inovação de estudantes, investigadores, antigos alunos e novos empreendedores de Espanha, França, Irlanda e Portugal.

Os desafios dividem-se por cinco áreas, nomeadamente Aquicultura e Pesca, Comunicações, Transporte Marítimo, Monitorização dos Oceanos, Conservação e Proteção dos Ecossistemas Marinhos e Atividades Portuárias.

Depois da seleção das melhores soluções, o IPG, associações, empresas, centros de investigação e universidades estrangeiras apoiarão os seus autores naquele que será o primeiro de três programas de aceleração (todo online e em inglês), na tentativa de transformar essas ideias em negócios.

"Será o primeiro de três programas de aceleração previstos no projeto ADT4Blue, que é cofinanciado pelo programa Interreg Atlantic Area com 3,1 milhões de euros", explicou.

Os três programas visam capacitar iniciativas empreendedoras com base em tecnologias digitais avançadas para responderem aos desafios mais urgentes enfrentados pela economia azul.

Será promovida a constituição de equipas multidisciplinares que receberão formação avançada ao nível de empreendedorismo e de tecnologias digitais e que beneficiarão de um programa de mentoria personalizado.

A intervenção do IPG no programa de aceleração passará por módulos de apoio ministrados por docentes nas áreas da Inteligência Artificial, Ciência de Dados, Blockchain, Gestão e Engenharia do Ambiente.

O ADT4Blue reúne um consórcio de 13 parceiros, dos quais quatro são portugueses: o IPG, a Administração do Porto de Aveiro, a Administração do Porto da Figueira da Foz e a INOVA-RIA -- Rede de Inovação em Aveiro.

Leia Também: Obras do Politécnico de Coimbra vão rondar os 25 milhões de euros

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