Uma fonte da Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora da PJ indicou à agência Lusa que esta polícia "está a fazer uma avaliação" do caso "para avançar com a investigação, por se tratar de uma obra de arte e património" do museu.
Este procedimento foi iniciado pela ULIC de Évora da PJ após ter recebido na quarta-feira a comunicação do furto da peça de tapeçaria do museu alentejano, através da PSP, adiantou.
Às 10h30 de hoje, segundo a mesma fonte, inspetores da PJ estavam a caminho do Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino para proceder a perícias de investigação.
Contactada pela Lusa, uma fonte do Comando Distrital de Portalegre da PSP precisou que o furto terá ocorrido durante o passado fim de semana e que foram os responsáveis do museu que deram o alerta à Polícia "no início desta semana".
Esta fonte policial recusou adiantar mais pormenores do caso, alegando que "está em fase de investigação".
Tanto a fonte da PJ como a da PSP não precisaram à Lusa qual a peça de tapeçaria furtada, mas a edição 'online' do semanário Expresso, que avançou a notícia, revelou que a obra furtada se intitula "Le Roi Soleil".
A peça, que fazia parte do acervo da instituição desde a inauguração, em 2001, "foi feita com base num desenho de Jean Lurçat, pintor francês falecido em 1966 e que terá sido um dos grandes divulgadores da técnica de tecelagem praticada na cidade", referiu o jornal.
Fruto da iniciativa da câmara municipal, o Museu da Tapeçaria de Portalegre - Guy Fino recebeu, desde que foi inaugurado há 23 anos, cerca de 230 mil visitantes, sendo o espaço museológico mais visitado do concelho.
Inaugurado em 14 de julho de 2001, o museu presta homenagem ao industrial Guy Fino, que colocou Portugal na lista dos grandes produtores internacionais de tapeçaria artística, e enaltece também a arte contemporânea.
Com áreas para exposições permanentes e temporárias, o espaço fica situado entre as muralhas medievais e setecentistas da cidade.
No piso térreo do museu, é possível conhecer a história e a técnica de execução das tapeçarias de Portalegre, enquanto, no primeiro piso, estão expostas obras de tapeçaria desde os finais da década de 1940 até à atualidade.
Leia Também: GNR detém três suspeitos e apreende cortiça furtada em Santiago do Cacém