"Nunca o Governo propôs acordo ao Chega. É simplesmente mentira"

Luís Montenegro respondeu a André Ventura na rede social X: "É grave mas não passa de Mentira e Desespero", asseverou, após o líder do Chega ter avançado em entrevista à CNN Portugal que o "primeiro-ministro estava disposto a que Chega viesse a integrar Governo".

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
10/10/2024 21:30 ‧ 10/10/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Luís Montenegro

"Nunca o Governo propôs um acordo ao Chega. O que acaba de ser dito pelo Presidente desse partido é simplesmente MENTIRA. É grave mas não passa de Mentira e Desespero." Foi desta forma que Luís Montenegro, respondeu ao líder do Chega, André Ventura, que, na noite desta quinta-feira, em entrevista à CNN Portugal, asseverou que o "primeiro-ministro estava disposto a que Chega viesse a integrar Governo".

 

O presidente do Chega disse hoje que o primeiro-ministro lhe propôs, em privado, um acordo com vista à aprovação do Orçamento do Estado para o próximo ano, que admitia que pudesse integrar o Executivo.

"O primeiro-ministro mentiu", acusou o líder do Chega, na entrevista à TVI/CNN Portugal, referindo que na terça-feira Luís Montenegro "disse que o Chega não era um parceiro confiável, que ele nunca contou com o Chega e que o Chega foi arredado das negociações".

De acordo com André Ventura, "isto é falso, o primeiro-ministro negociou com o Chega, quis negociar com o Chega" e propôs "um acordo para este ano", admitindo "que mais para a frente o Chega viesse a integrar o Governo".

O presidente do Chega disse que esta proposta lhe foi apresentada no encontro que os dois tiveram em 23 de setembro. "Mas já tínhamos falado disso também, antes do verão", indicou.

Ventura disse também que recusou esta proposta porque só aceitaria um acordo para a legislatura.

Na terça-feira, em entrevista à SIC, o primeiro-ministro afastou qualquer negociação com o Chega para o OE2025 dizendo que o partido liderado por André Ventura se comportou "como um catavento".

Questionado sobre a posição do Chega, caso o PS opte por votar contra (caso em que só o voto favorável do partido de Ventura poderia viabilizar o documento), Montenegro respondeu que os deputados deste partido a farão "aquilo que entenderem".

"Questão diferente é haver qualquer negociação entre o Governo e o Chega, porque isso está afastado de todo. Isso não vai acontecer, não é possível haver um diálogo produtivo com quem muda de opinião tantas vezes, com quem se transformou num catavento nesta discussão do Orçamento do Estado e, portanto, não se apresentou à altura sequer de poder negociar com o Governo", afirmou.

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Questionado se, mesmo sem negociação, o Chega viabilizar o documento, Montenegro respondeu então: "Eu sou franco, se eventualmente acontecesse essa possibilidade, isso não incomodaria minimamente o Governo. O Governo precisa do Orçamento para poder executar o seu programa", disse, embora acrescentando que "ficava à mostra um jogo" que ninguém compreendeu.

[Notícia atualizada às 21h38]

Leia Também: "Primeiro-ministro estava disposto a que Chega viesse a integrar Governo"

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