O Ministério da Saúde revelou que, afinal, não vai avançar a medida que pretendia "fechar a porta das urgências" às grávidas que teriam, dessa forma, de tocar à campainha para serem atendidas sem referenciação clínica prévia. A informação foi avançada pelo jornal Expresso, esta sexta-feira.
A medida fazia parte do plano dos cuidados às grávidas e crianças para responder à crise nas urgências de obstetrícia, mas a Comissão Nacional da Saúde da Mulher, Criança e Adolescente "terminou o trabalho" e decidiu excluí-la do mesmo.
O objetivo inicial era que o atendimento às grávidas nas urgências dos hospitais, que não tivesse sido previamente referenciado, fosse realizado através de uma campainha à entrada destes serviços.
Após o toque, a porta, que estaria fechada, seria aberta por um enfermeiro que teria de decidir se a grávida poderia entrar ou se seria encaminhada para uma consulta.
Relembre-se, também, que durante a fase experimental, durante três meses, a grávida teria de contactar a linha SNS Grávida que a encaminharia para autocuidados, consulta marcada até 72 horas nos cuidados primários ou no hospital da área de residência ou a sua chamada seria transferida para um enfermeiro especialista em saúde materna e obstétrica (EESMO) no hospital da zona de residência.
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