O Ministério Público está a investigar o presidente do Chega, André Ventura, e o líder parlamentar, Pedro Pinto, por incitamento ao ódio, confirmou o Notícias ao Minuto junto de fonte da Procuradoria-Geral da República. O assessor do partido Ricardo Reis também está a ser investigado.
O inquérito terá surgido ao mesmo tempo, mas não diretamente na sequência da queixa-crime de um grupo de cidadãos, incluindo a ex-ministra Francisca Van Dunem. Em causa estão as declarações feitas por ambos os deputados do Chega sobre a morte de Odair Moniz, o homem baleado mortalmente pela polícia, no Bairro da Cova da Moura, na Amadora.
Os autores da denúncia consideram ilícitas as declarações, defendendo que são "instigação à prática de crime", apologia da prática de crime" e "incitamento à desobediência coletiva".
O líder parlamentar do Chega, Pedro Pinto, referiu, sobre os tumultos dos últimos dias relacionados com a morte de Odair Moniz, baleado pela polícia na Amadora, que se as forças de segurança "disparassem mais a matar, o país estava mais na ordem".
Também o presidente do Chega, André Ventura, disse sobre o agente da PSP que baleou Odair Moniz: "Nós não devíamos constituir este homem arguido; nós devíamos agradecer a este policia o trabalho que fez. Nós devíamos condecorá-lo e não constitui-lo arguido, ameaçar com processos ou ameaçar prendê-lo".
De acordo com a PGR, o inquérito corre termos no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) Regional de Lisboa.
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