Segundo o hospital, o plano foi ativado na noite de sexta-feira, um dia após 10 cirurgiões saírem do hospital. O plano esteve ativo entre as 20h00 de sexta-feira e as 08h00 de sábado, período durante o qual a urgência de cirurgia geral não recebeu doentes externos.
Desde então não foi necessário voltar a ativar o plano, adianta fonte oficial da ULS Amadora-Sintra, explicando que os níveis de contingência serão ativados conforme as necessidades identificadas.
"O Plano de Contingência de Cirurgia Geral, elaborado em julho de 2023, foi ajustado pela direção do serviço, com validação da direção clínica, para responder à situação atual das equipas", adianta ainda a ULS.
A ULS Amadora-Sintra reforça que "estão a ser efetuados esforços de resolução com a maior brevidade possível, com o apoio dos elementos do serviço e restante equipa".
Acrescenta que as autoridades competentes, incluindo o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), serão informadas caso seja necessário.
No passado 31 de outubro, dia em que 10 cirurgiões saíram do hospital, o diretor do Serviço de Cirurgia Geral, Paulo Mira, apresentou a demissão, com efeitos a 31 de dezembro, situação confirmada na altura à Lusa pela ULS, que previu constrangimentos na escala de Cirurgia Geral.
A saída dos especialistas deveu-se ao regresso de dois médicos que denunciaram más práticas no serviço, que depois de investigadas não se confirmaram.
Perante fazer face à saída desses especialistas, o hospital adiantou hoje à Lusa que está a proceder à contratação de novos médicos, assim como a proceder à reestruturação do serviço.
"Para colmatar a saída dos 10 cirurgiões (a demissão do diretor de serviço produz efeitos a 31 dezembro) a ULS Amadora-Sintra continua em processo de recrutamento de novos médicos para o seu Quadro de Pessoal e a fazer a restruturação do serviço", adiantou a unidade de saúde.
Apesar da saída desta dezena de médicos, a ULS garantiu ainda que as cirurgias eletivas (programadas com antecedência) "estão a ser realizadas", mas admitiu que "poderá haver necessidade de ajustar o plano operatório".
Contactada pela agência Lusa, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde afirma que, no âmbito das suas competências, "está a trabalhar, conjuntamente com o Conselho de Administração, para encontrar soluções que salvaguardem o atendimento e acompanhamento dos utentes desta ULS".
[Notícia atualizada às 19h14]
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