Montenegro reconhece "situação grave" e que é preciso "reforço" no INEM

A denúncia de atrasos no atendimento das chamadas de socorro está a marcar esta semana, dado que, neste âmbito, já terão morrido, alegadamente, sete pessoas. O chefe de Governo, Luís Montenegro, rejeitou a ideia de que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, deveria sair dizendo que "a situação anómala encontrada não é de agora".

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Notícias ao Minuto com Lusa
07/11/2024 15:39 ‧ 07/11/2024 por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Luís Montenegro

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reagiu, esta quinta-feira, à situação que envolve atrasos na resposta do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), considerando que esta é grave e dando conta de que ainda esta tarde vai reunir com o Sindicato dos Técnicos de Emergência Hospitalar para colocar fim à greve às horas 'extra'.

 

"Nós não temos a certeza que os óbitos ocorreram em função da capacidade de resposta do INEM ou do atraso no atendimento de chamadas. A verdade é que neste momento há uma situação, que é uma situação grave, de necessidade de reforço da capacidade de resposta do INEM", afirmou em declarações aos jornalistas em Budapeste, na Hungria, onde decorre uma cimeira da Comunidade Política Europeia e, mais tarde, um jantar do Conselho Europeu informal.

Sublinhando que o Governo está empenhando em evitar a greve que está em curso, Montenegro adiantou que a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, vai reunir esta tarde com o sindicato acima mencionado. "O meu desejo é que desse ponto de vista a situação possa ser estabilizada", apontou.

Questionado sobre uma eventual demissão da ministra, depois de o PS ter pedido que avalie se a governante tem condições para se manter em funções, o primeiro-ministro recusou tal cenário: "Não está em causa, aquilo que está em causa é que a senhora ministra da Saúde possa executar este plano, de trazer a normalidade a uma situação anómala que nós encontrámos e que não é de agora".

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Lusa | 12:48 - 07/11/2024

"Eu não vou estar aqui com perspetivas de passa-culpas, porque não é esse o melhor enquadramento para resolver a questão, mas efetivamente é um problema que nós herdámos que queremos resolver", reforçou.

Montenegro apontou ainda que quando o seu Executivo assumiu funções, "há sete meses, o INEM estava desprovido do dos meios humanos que são necessários para garantir a regularidade da sua operação".

O INEM anunciou quarta-feira medidas de contingência para otimizar o funcionamento dos centros de orientação de doentes urgentes (CODU), como a criação de uma triagem de emergência para chamadas com espera de três ou mais minutos.

As medidas do INEM enquadram-se numa estratégia para melhorar a resposta, na sequência dos atrasos de atendimento das chamadas no Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) que, alegadamente, causaram a morte de sete pessoas.

[Notícia atualizada às 15h42]

Leia Também: INEM ainda em greve, Governo sem solução. E cinco pessoas já morreram

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