João Galamba, ex-ministro das Infraestruturas, falou esta quinta-feira acerca da Operação Influencer, na CNN Portugal. No seu espaço de comentário, afirmou que tem "insistentemente pedido para ser ouvido", depois de questionado sobre uma notícia avançada pela Agência Lusa acerca da defesa já ter feito cinco pedidos ao Departamento Central de investigação e Ação Penal (DCIAP).
O ex-ministro salientou que "não sei se foram cinco [pedidos], mas sei que estive quatro anos em escuta", acrescentado que "há um ano invadiram a minha casa" e "importunaram a minha família". "Passou um ano e nada aconteceu", afirmou João Galamba.
"Foi traumatizante para mim e para a minha família", fez ainda questão de vincar o ex-governante. Disse ainda: "Exijo celeridade e que isto seja esclarecido o mais rapidamente possível".
Galamba destacou também que "os projetos que estiveram associados à busca retomaram a sua plena normalidade", dizendo que "são celebrados pelo atual Governo", dando o exemplo da Start Campus que readquiriu a "normalidade" porque os "acionistas, falamos de fundos europeus, fizeram investigações rápidas para esclarecer a situação".
Neste caso em específico, realçou que "concluíram que não houve irregularidades e duplicaram o investimento". Deu ainda o exemplo da Mina do Barroso que também "retomou a normalidade".
"Os projetos voltaram à sua vida normal. Quem não voltou foram as pessoas que tiveram associadas e não tiveram a sua vida normalizada", afirmou.
João Galamba considerou que "o mínimo a exigir é que isto se esclareça o mais rápido possível", dizendo que "há uma urgência no esclarecimento destas matérias" e espera que "o Ministério Público e o Procurador-Geral" tenham essa "consciência".
O ex-ministro das Infraestruturas reafirmou que já se disponibilizou "para ser ouvido" e que tem "todo o interesse [de ser ouvido] e de esclarecer" o assunto.
Recorde-se que, no dia 7 de novembro de 2023, foram detidas várias pessoas na Operação Influencer, nomeadamente o chefe de gabinete de António Costa, Vítor Escária, o advogado e consultor Diogo Lacerda Machado, os administradores da empresa Start Campus Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, e o presidente da Câmara de Sines, Nuno Mascarenhas.
Houve ainda quem fosse constituído arguido, como foi o caso de João Galamba.
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