A cimeira foi anunciada durante a visita do primeiro-ministro português a Cabo Verde, em abril, e tinha ficado inicialmente marcada para 19 de novembro, data em que Luís Montenegro estará no Brasil para participar como país convidado na reunião de chefes de Estado e do Governo do G20, no Rio de Janeiro.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, já tinha adiantado que o encontro bilateral deveria realizar-se apenas em janeiro, quando recebeu em outubro em Lisboa o seu homólogo cabo-verdiano, Filomeno Monteiro.
Nesse encontro, os dois ministros "passaram em revista as relações de cooperação", refletidas no Programa Estratégico de Cooperação (PECC) 2022-2026 "que será objeto de uma avaliação mais detalhada na próxima cimeira bilateral entre os dois Governos".
A cimeira deverá ser acompanhada de um encontro bilateral entre empresários e agentes económicos dos dois países, como tinha anunciado o primeiro-ministro português, em abril, defendendo que relações especiais merecem "eventos especiais".
"Vimos materializando, e com bons resultados, investimento das empresas portuguesas em Cabo Verde", referiu Montenegro.
Na altura, o primeiro-ministro cabo-verdiano, Ulisses Correia e Silva, disse esperar que seja organizado à margem da cimeira "um fórum de investimentos que seja abrangente e alargado ao turismo, economia azul, economia digital, indústria e oportunidades, a par de transformação digital e transição energética".
"Há espaço, desejo e condições de reforçarmos a parceria economia, empresarial, aproveitando as oportunidades em diversas áreas", acrescentou.
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