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Igreja Católica alarga prazo para pedidos de indemnização por abusos

A decisão foi tomada na 210.ª Assembleia Plenária da Conferência Episcopal Portuguesa. Prazo passará para 31 de março de 2025.

Igreja Católica alarga prazo para pedidos de indemnização por abusos
Notícias ao Minuto

14/11/24 15:37 ‧ Há 6 Horas por Notícias ao Minuto

País Abusos na Igreja

A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) anunciou, esta quinta-feira, "dar mais tempo para apresentar pedidos de compensação" pelos abusos sexuais na Igreja Católica. A decisão foi tomada na 210.ª Assembleia Plenária e o prazo foi alargado para 31 de março de 2025.

 

Em comunicado, a CEP explicou que recebeu o Grupo VITA "para fazer um ponto de situação do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em articulação com as Comissões Diocesanas".

Neste sentido, foi analisada a "aplicação do regulamento para atribuição de compensações financeiras às vítimas de abusos sexuais de crianças e adultos vulneráveis ocorridos no âmbito da Igreja Católica em Portugal".

Após a reunião, foi aprovada "uma adenda com algumas clarificações ao processo em curso, alargando o prazo de apresentação dos pedidos até 31 de março de 2025". O prazo anterior era até 31 de dezembro de 2024.

Na nota, a CEP garantiu que "esta alteração não atrasa o andamento dos processos", uma vez que "estes já estão a ser tratados".

Houve também uma alteração no regulamento, que tem como objetivo "evitar-se um processo de revitimização da parte de quem faz o pedido de compensação".

"Se o relato da situação abusiva vivenciada for já do conhecimento do Grupo VITA, das Comissões Diocesanas ou dos Institutos Religiosos e das Sociedades de Vida Apostólica, não se torna necessário repetir os dados referentes a esse mesmo relato", explica a Conferência Episcopal Portuguesa.

Os pedidos devem ser feitos ao Grupo VITA - criado pela CEP na sequência do trabalho da Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, que validou 512 testemunhos de casos ocorridos entre 1950 e 2022, apontando, por extrapolação, para um número mínimo de 4.815 vítimas - ou às comissões diocesanas de Proteção de Menores e Adultos Vulneráveis.

Uma comissão de avaliação determinará depois os montantes das compensações a atribuir.

A metodologia havia sido criticada por algumas vítimas, que não compreendiam a razão de terem de contar de novo o que passaram no âmbito do processo desenvolvido pelo Grupo VITA, uma vez que já haviam relatado o seu caso à Comissão Independente presidida pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht.

[Notícia atualizada às 15h56]

Leia Também: "Questão dos abusos na Igreja não pode, não deve e não terá volta atrás"

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