Tutela admite criar soluções transitórias e urgentes para apoiar grávidas migrantes

A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendeu hoje a criação de soluções transitórias e urgentes para apoiar migrantes sem acompanhamento clínico que chegam às urgências de obstetrícia com gravidezes já avançadas.

Notícia

© Reinaldo Rodrigues

Lusa
27/11/2024 15:31 ‧ há 2 horas por Lusa

País

grávidas

"Temos de encontrar soluções transitórias e urgentes para que estas mulheres não fiquem sem assistência", disse Ana Paula Martins à margem do encontro Para Além do Papel de Doente: Reformulando a Investigação Juntos, da Investigação Pré-clínica até à Prestação de Cuidados de Saúde que hoje decorre no Porto.

 

O Jornal de Notícias noticia hoje que a taxa de mortalidade materna subiu em 2022 para os 13,1 óbitos por 100 mil nados-vivos, contra 8,8 em 2021.

Segundo o periódico, os peritos alertam para grávidas com doença associada e migrantes sem acompanhamento clínico e excluem relação com constrangimentos, naquele ano, nos serviços de Ginecologia e Obstetrícia.

Convidada a comentar estes dados e questionada sobre se o Governo está a elaborar algum plano para fazer face a estes números, Ana Paula Martins foi perentória: "Não há uma bola mágica e forma de resolver isto de um dia para o outro (...). Temos de ter uma intervenção o mais precoce possível nestas mulheres", disse.

E lembrou que "muitas grávidas migrantes que chegam às urgências portuguesas vêm já em fase muito avançada e é pouco o conhecimento clínico sobre o seu percurso".

"Mas o SNS não deixa ninguém para trás", garantiu.

Em declarações à Lusa, Ana Paula Martins disse que "se terá de garantir que grávidas ou mulheres em idade fértil são sinalizadas à entrada [em Portugal] para lhes ser atribuído, prioritariamente, um médico de família".

Mas, reconhecendo que "há regiões do país onde se concentra uma parte destes migrantes que não tem cobertura suficiente de médicos de família", como Lisboa e Vale do Tejo, a ministra da Saúde disse que terão de ser encontradas "outras soluções"

"A reorganização das urgências de obstetrícia tem um objetivo secundário que é libertar as equipas de serviços de urgência que não são realmente urgentes para outras funções como consultas", exemplificou.

Leia Também: Tutela admite recurso ao privado e social para recuperar cirurgias em atraso

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas