"Bati-me muito para que não houvesse crise política nem novas eleições"

Marcelo Rebelo de Sousa destacou não só a aprovação do Orçamento do Estado como da posição da oposição, nomeadamente, do Partido Socialista. Em Lisboa, foi também questionado sobre a possibilidade de o almirante Gouveia e Melo ser candidato presidencial em 2026.

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© Zed Jameson/Bloomberg via Getty Images

Notícias ao Minuto
30/11/2024 21:18 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

País

Marcelo Rebelo de Sousa

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, falou, este sábado, após a aprovação do Orçamento do Estado para 2025, que aconteceu na sexta-feira.

 

Questionado, em Lisboa, sobre se acreditava que esta 'luz verde' ia dar esperança ao país, Marcelo foi perentório: "Sabem que eu me bati muito para que houvesse Orçamento do Estado. E bati-me muito para que não houvesse crise política nem necessidade de novas eleições ou o que quer que fosse parecido com isso".

Sublinhando o estado do panorama internacional, não só com um novo ciclo político nos Estados Unidos, como também com "a profunda crise económica" de alguns países como a Alemanha, que "costuma ser a locomotiva da Europa", Marcelo apontou que é precisa alguma segurança. "Precisamos de estabilidade, previsibilidade e o Orçamento é fundamental para isso. O de 2024 já foi, para permitir a transição política. Este é fundamental porque as pessoas já sabem aquilo com que contam", acrescentou.

O chefe de Estado destacou a posição dos partidos que formam o Governo, não só porque "perceberam que tinham de negociar e ter uma grande abertura", mas o principal partido da oposição. "Queria agradecer ao Partido Socialista o sentido de Estado, quer o ter-se abstido na votação final global, quer na votação na generalidade. E agradecer a todos os partidos, que de uma maneira ou outra foram fazendo passar propostas suas e foram aqui e ali ajudando a tornar mais consensual o Orçamento. Isso é muito importante num governo minoritário. Termos Orçamento é uma garantia para o ano que vem", apontou.

Marcelo apontou ainda que estava em "condições de promulgar" o documento assim que o recebesse.

Questionado sobre a possibilidade de o atual Chefe do Estado-Maior da Armadas, Gouveia e Melo, Marcelo disse que não se iria pronunciar. "Presidente deve ser neutral em relação aos atos eleitorais", reforçou.

As declarações surgem dias depois de o almirante Gouveia e Melo ter comunicadoque está indisponível para continuar mais dois anos na chefia do Estado-Maior da Armada. Esta decisão abre as portas para uma possível candidatura à Presidência da República, já que o nome de Gouveia e Melo tem também surgido como um dos potenciais candidatos às eleições presidenciais de janeiro de 2026.

[Notícia atualizada às 21h59]

Leia Também: OE. Que medidas vão 'mexer' com a carteira dos portugueses em 2025?

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