Segurança? "Governo fará tudo para não perder este fator distintivo"

O primeiro-ministro apontou hoje o investimento como "variável fundamental" para atingir os objetivos de crescimento económico traçados pelo Governo, salientando que há "um ciclo favorável" a Portugal e que é preciso "aproveitar as condicionantes" de outros países.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Lusa
03/12/2024 13:33 ‧ há 4 semanas por Lusa

País

Luís Montenegro

o investimento, esta é a variável fundamental mas depois há outros fatores. Nós temos que subir exponencialmente o investimento e para isso precisamos de ser especialmente atrativos do ponto de vista fiscal, do ponto de vista do funcionamento do Estado, da carga burocrática, perante a retenção do talento (...) se nós conseguirmos fazer isso podemos ter esse retorno", afirmou Luís Montenegro no decorrer de uma conferência do jornal Eco, no Porto.

 

O chefe do Executivo, que respondia a uma questão sobre a meta do crescimento económico traçada pelo Governo, mostrou-se preocupado com a atual crise em França, embora admitindo que a instabilidade noutros países pode ser aproveitada por Portugal.

"Eu estou convencido de que sendo Portugal como é hoje, um país visto de fora com segurança e com estabilidade política, estabilidade social (...), devemos ter competitividade procedimental para podermos até aproveitar, não querendo o mal dos outros, até aproveitar aquelas que são condicionantes que outros têm neste momento, sejam condicionantes políticas, condicionantes financeiras, sejam condicionantes de segurança".

Segundo Montenegro, "há países com grande instabilidade política e portanto não oferecem a segurança aos investidores, há países com problemas financeiros graves, não oferecem segurança aos investidores".

"E, agora passo a redundância, há países com problemas de segurança objetivos que também não oferecem segurança por isso. Eu diria que este ciclo é um ciclo que é favorável a Portugal, nós temos que fazer tudo, e o Governo fará tudo, para não perder este fator distintivo", apontou.

Minutos antes, no seu discurso, o chefe do Governo tinha salientado a forma como o país é atualmente visto internacionalmente: "Naquele que foi o resultado alcançado de estabilização e diminuição da divida publica, de contenção do nosso défice e até de podermos ter vários anos de superavit orçamental, de ter havido uma mudança de governos e não ter havido uma mudança de objetivos, a imagem que nós transmitimos ao exterior é uma imagem forte e temos que a saber aproveitar".

Para Montenegro, "por incrível que pareça", Portugal e a Grécia são atualmente "aqueles que têm condições de maior atratividade para poder acolher grandes investimentos".

Sobre a estabilidade política, questionado sobre se o Orçamento do Estado (OE) aprovado era o orçamento do Governo, o primeiro-ministro respondeu que o documento "tem na base a implementação de políticas decididas pelo Governo".

No entanto, Montenegro responsabilizou os partidos da oposição pela versão final do OE aprovada: "Não posso deixar de dizer que é um Orçamento que deve ser uma motivação nacional, não só das pessoas e das instituições mas também dos partidos políticos da oposição. Porquê? Porque por opção deles, legitima, fundada, intencional, várias das normas do Orçamento foram aprovadas por si, seja em apoio à proposta inicial do Governo, seja em apoio cruzado entre eles contra a proposta do Governo".

"Isto não serve de álibi para aquilo que o Governo tem que fazer, serve de responsabilização e de exigência de sentido para aqueles que voluntariamente quisessem que orçamento fosse aquilo que eles próprios determinaram", concluiu.

Leia Também: Governo suspende reunião com Sapadores e fala em protesto "não ordeiro"

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