Equipa de Prevenção e Reação Imediata combate crimes violentos em Leiria

Os dois motociclos oferecidos hoje pela Câmara de Leiria à PSP permitem criar uma Equipa de Prevenção e Reação Imediata, que passa a dar resposta à criminalidade violenta e grave, disse o comandante distrital.

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Lusa
03/12/2024 19:09 ‧ há 3 semanas por Lusa

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Leiria

"Esta cedência vai permitir dar visibilidade e aumentar a capacidade de reação a uma criminalidade que começa a ser notória. É um passo decisivo. Estas equipas só existem em Lisboa, Porto, Faro e Setúbal", afirmou Domingos Urbano Antunes, comandante distrital da PSP de Leiria, após a assinatura do protocolo de cedência dos veículos pela Câmara. Aquele responsável, que explica que esta equipa atua com dois binómios homem/moto em conjunto (quatro agentes), espera que durante este mês "já se perceba que algo mudou em Leiria e que a perceção de segurança aumente".

 

A GNR e a PSP de Leiria apresentaram hoje também os números da criminalidade registados até outubro. O tenente João Marçal, comandante do destacamento territorial de Leiria em suplência, afirmou que este ano se deverá verificar uma "ligeira redução da criminalidade geral" na sua área de atuação. Em 2022 registaram-se 316 crimes contra pessoas, número que aumentou no ano seguinte para 373. "Até outubro deste ano temos 308 participações", revelou. A violência doméstica já contabiliza 132 crimes até outubro. Nos dois anos anteriores, a GNR recebeu 129 e 150 queixas, respetivamente.

A criminalidade violenta e grave regista um crescimento, com 35 situações este ano, contra as 22 de 2023 e 25 em 2022, revelou João Marçal.

O comandante da divisão da PSP de Leiria, Firmino Rodrigues, também constatou um aumento na criminalidade geral e violenta e grave na área de influência daquela polícia, com picos nos meses de verão. Segundo os dados apresentados, até outubro, a PSP contabilizou 1.508 ocorrências de criminalidade geral e 53 casos de crimes violentos e graves.

Firmino Rodrigues apontou que os crimes com maior subida foram as burlas na aquisição ou aluguer de bens móveis, dano de veículo motorizado, furto de acessórios/peças em veículo e outros furtos. Já a violência doméstica passou de 134 para 163 denúncias este ano. Os crimes que mais desceram foram a burla informática, furto em edifícios comerciais, furto em veículo motorizado, outras burlas e outros danos.

Domingos Urbano Antunes alertou ainda para os fenómenos de sem-abrigo que começam a surgir, e para os quais sugeriu à autarquia que encontre respostas sociais. Acrescentou que a violência doméstica tem de ser uma "preocupação de todos", ao revelar que a PSP tem agentes "ainda mais preparados", pois participaram recentemente numa formação de investigação criminal direcionada para este crime.

Com vista a melhorar a segurança na cidade, o vereador com o pelouro da proteção civil, Luís Lopes apresentou um plano de ação de segurança urbana, anunciando que políticas de prevenção no território, entre as quais o reforço e a substituição de iluminação públicas, com o objetivo de "aumentar a luminosidade e visibilidade, em várias zonas urbanas, nomeadamente no percurso Polis".

Também estão previstas a eliminação de barreiras visuais e de objetos que permitem que pessoas se escondam, e a redução da densidade de vegetação e desramação "de forma a aumentar as áreas de visibilidade".

Luís Lopes avançou ainda que a criação da Polícia Municipal aguarda apenas autorização do Conselho de Ministros. "Esperamos que no quarto trimestre de 2025, ainda não operacional com atividade no território, esteja concluída e a decorrer o período de formação", anunciou.

O autarca reforçou ainda o sistema de videovigilância, que aumentou das 19 para as 61 câmaras, triplicando a área vigiada para cerca de 700 metros quadrados. "Além da permanente vigilância há o efeito dissuasor. Também já têm sido utilizados em eventos outros meios tecnológicos, como os drones ou câmaras móveis para aumentar a capacidade de vigilância do território em permanência", adiantou.

Com vista a evitar, sobretudo, incêndios, a autarquia vai emparedar ou até demolir edifícios devolutos, "numa lógica de manutenção da segurança".

Leia Também: Preventiva para suspeitos de tráfico de droga em Leiria, Beja e Faro

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