O diretor nacional da Polícia Judiciária (PJ), Luís Neves, admitiu, esta quarta-feira, que a possibilidade de o fugitivo georgiano Shergili Farjiani era uma das hipóteses já ponderadas pelas autoridades.
"Tínhamos a perceção de que seria no sul da Europa - Espanha, França ou Itália - que esta personagem podia vir a ser localizada", referiu, quando questionado pelos jornalistas, em Lisboa, após uma conferência no âmbito do Dia Internacional contra a Corrupção.
De acordo com o responsável máximo da PJ, estava também em cima da mesa que o georgiano pudesse vir a ser localizado no "seio de grupos criminosos que se dedicam a crimes contra a propriedade". "Foi isso que aconteceu", disse.
Luís Neves rejeitou dar mais pormenores, explicando que ainda não era a altura e que a PJ estava em contacto as autoridades "Não vamos falar muito. Ainda é muito cedo sobre o que os colegas italianos fizeram. Ainda é cedo para poder dar grandes pormenores porque há mais intervenientes e há outros dados relativamente a este caso", reforçou.
A detenção de Shergili Farjiani, de 40 anos, decorreu no norte de Itália, após "um persistente, complexo e ininterrupto trabalho de investigação e de recolha de informação". O georgiano foi o primeiro estrangeiro a ser capturado no âmbito da fuga de Vale de Judeus, depois da captura de Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Loureiro.
Cumpria sete anos de prisão pela prática de crimes como furto violento e falsificação de documentos. Deu entrada naquele estabelecimento prisional a 8 de fevereiro de 2021, transferido do Estabelecimento Prisional do Porto.
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