Em declarações à Lusa, o presidente do sindicato, Albano Ribeiro, lembrou que o número de mortes entre os trabalhadores do setor tem reduzido drasticamente, desde 2001, quando atingiu os 156.
"Este ano morreram 26 trabalhadores", indicou, acrescentando que "a redução foi muito grande".
Mas, ressalvou, com a chegada de "mais de 100.000 trabalhadores para a construção", com a maioria a não serem qualificados, aumenta o perigo. "Se não forem tomadas medidas, pode haver uma subida vertiginosa de acidentes mortais", alertou.
Segundo o responsável, este ano foi "um bom resultado para o setor", referindo que onde os empresários têm grandes obras não há acidentes. "Nas pequenas obras é que se estão a verificar", acrescenta.
Albano Ribeiro defendeu que "o Governo devia dar mais meios à ACT, porque não tem nem meios humanos nem materiais".
"Em muitas situações não se podem deslocar porque não têm viaturas e há regiões do país onde tem só dois inspetores. Hoje as obras não estão só concentradas no Porto nem em Lisboa, estão em todo o país e essa é uma preocupação que temos e acho que o Governo devia adotar mais condições", referiu.
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