Interrogado pelos jornalistas se teme que possa ficar conhecido como "bispo vermelho", tal como D. Manuel Martins, bispo de Setúbal na década de 80, o cardeal Américo Aguiar desvalorizou essa perspetiva.
"Estou aqui, hoje, como amanhã poderei estar no congresso do Chega, do PSD, do PS, do Bloco de Esquerda, da Iniciativa Liberal ou do PAN. Acho que não esqueci nenhum", respondeu. Porém, dos partidos com representação parlamentar, esqueceu-se de mencionar o Livre.
Para o bispo de Setúbal, "tudo aquilo que signifique proximidade em relação aos problemas reais das pessoas, das famílias e dos trabalhadores, independentemente do partido", merece o acompanhamento por parte da Igreja Católica.
"Estamos juntos e fazemos caminho. O que é importante é que todos os partidos tenham uma linguagem que se aproxime dos verdadeiros problemas de cada português", sustentou.
Essa proximidade, frisou o bispo de Setúbal, é fundamental para que, depois, não haja "queixas de notícias falsas ou de desvios ideológicos".
"Situações que possam acontecer por as pessoas não entenderem aquilo que é a mensagem que os partidos têm para transmitir", apontou, antes de deixar uma mensagem dirigida aos jovens.
"Precisamos que os jovens se empenhem e se disponibilizem para a cidadania, também na vida dos partidos, de todos os partidos", acrescentou.
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