Numa intervenção no encontro anual do Conselho da Diáspora Portuguesa, num hotel de Cascais, no distrito de Lisboa, Marcelo Rebelo de Sousa assinalou a celebração, que no seu entender decorreu "de uma forma original", do 25.º aniversário da transferência de administração de Macau de Portugal para a República Popular da China.
"E, portanto, não se estranhará que um destes dias, num 10 de junho, nas celebrações fora do território físico português, se pense em comunidades tão mais longe, e que normalmente não são tão acessíveis como têm sido europeias, africanas, norte-americanas ou latino-americanas, como sejam as da Ásia-Pacífico", disse.
Segundo o chefe de Estado, isso poderá acontecer junto de comunidades portuguesas da Ásia-Pacífico que "sejam mais longe ainda como a Austrália, ou sejam mais próximas como a China ou como a Índia, e nelas, naturalmente, Macau e Goa".
O próximo 10 de Junho, em 2025, será o último que Marcelo Rebelo de Sousa irá celebrar enquanto Presidente da República, num modelo de duplas comemorações, em Portugal e junto de comunidades portuguesas no estrangeiro, que lançou no primeiro ano de mandato, em articulação com o então primeiro-ministro, António Costa.
Em 2016 o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas foi celebrado entre Lisboa e Paris, em 2017 entre o Porto e o Brasil, em 2018 entre os Açores e os Estados Unidos da América e em 2019 entre Portalegre e Cabo Verde.
Em 2020, devido à pandemia de covid-19, realizou-se apenas uma cerimónia no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, e em 2021 também só houve comemorações em território nacional, na Madeira.
Em 2022 as comemorações foram em Braga e no Reino Unido, e em 2023 no Peso da Régua, distrito de Vila Real, e na África do Sul, pela última vez com António Costa como primeiro-ministro.
Em 2024, já com Luís Montenegro na chefia do Governo, o 10 de Junho foi celebrado em três concelhos de Leiria afetados pelos incêndios de 2017 -- Pedrógão Grande, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera -- e em Coimbra, e na Suíça.
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