"Homicídio" e "crimes violentos" levaram a ação da PSP no Martim Moniz

A PSP esclareceu a polémica "operação especial" de quinta-feira em Lisboa. Os dois detidos ficaram em prisão preventiva.

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© Reprodução X @IsabelLMMoreira

Notícias ao Minuto
20/12/2024 18:18 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto

País

Martim Moniz

O comandante metropolitano da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Lisboa, Luís Elias, justificou a "operação especial" de quinta-feira com o registo de vários "crimes violentos e graves" e um "homicídio" registado a 31 de maio, no Martim Moniz.

 

"A 31 de maio tivemos um homicídio também com recurso a arma branca naquela artéria e esta semana voltámos a ter alguns incidentes, com apedrejamento de um carro patrulha no domingo passado", afirmou Luís Elias em conferência de imprensa.

Entre o ano passado e este ano, a polícia diz ter registado 52 crimes com arma branca naquela zona de Lisboa.

Luís Elias afirmou ainda que, perante este cenário, estão previstas "a realização de revistas a pessoas, buscas, etc" e ressalvou que todas as buscas foram feitas com "mandados estabelecimentos no local".

Sobre as polémicas imagens que mostram centenas de pessoas viradas para a parede, sob supervisão da PSP, Luís Elias justificou as revistas "na perspetiva de garantir a segurança e integridade física dos polícias e restantes intervenientes no local".

"A égide desta operação é a deteção de armas e, nesse sentido, tivemos de promover revistas a diversas pessoas no local para detetar a presença de armas", argumentou.

"Foi respeitada a dignidade de todos"

Por sua vez, na mesma conferência, o comandante da divisão de investigação criminal, Rui Costa, revelou que os dois detidos na operação de quinta-feira ficaram em prisão preventiva.

Detidos na operação da PSP no Martim Moniz ficam em prisão preventiva

Detidos na operação da PSP no Martim Moniz ficam em prisão preventiva

As duas pessoas detidas na quinta-feira no Martim Moniz, em Lisboa, numa "operação especial de prevenção criminal" da PSP, ficaram em prisão preventiva por decisão judicial, disse à agência Lusa a porta-voz do Comando Metropolitano (COMETLIS).

Lusa | 20:20 - 20/12/2024

Antes, explicou que a operação avançou depois de a PSP verificar que a maior incidência de crimes no Martim Moniz acontecia "às quintas-feiras, entre as 14h00 e as 18h00".

"A partir de setembro começámos a preparar esta operação para a efetivar no final do ano, neste período e neste contexto. Teve a sua execução durante a tarde de ontem com o objetivo de ir ao encontro da realidade criminal, devidamente analisada e enquadrada", esclareceu Rui Costa.

Apesar da polémica, Luís Elias considera que "foi respeitada a dignidade de todos" durante a operação.

"Todos foram identificados, não houve incidentes a registar e pensamos que os objetivos foram atingidos. Iremos continuar a incidir nesta e noutras áreas onde temos índices de criminalidade mais elevados", acrescentou.

Uma operação policial na quinta-feira, no Martim Moniz, resultou na detenção de duas pessoas e na apreensão de quase 4.000 euros em dinheiro, bastões, documentos, uma arma branca, um telemóvel e uma centena de artigos contrafeitos.

O enorme aparato policial na zona, onde moram e trabalham muitos imigrantes, levou à circulação de imagens nas redes sociais em que se vislumbram, na Rua do Benformoso, dezenas de pessoas encostadas à parede, de mãos no ar, para serem revistadas pela polícia, e comentários sobre a necessidade daquele procedimento.

[Notícia atualizada às 18h36]

Leia Também: Ação da PSP no Martim Moniz deixa "choque" e dúvida: "Fariam no Lumiar?"

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