"Espero que [em 2025] continuemos a construir e a consolidar uma Região mais próspera. Não é utopia. É sim uma meta alcançável, se acreditarmos e trabalharmos juntos. Bem sabemos que somos pequenas ilhas, ultraperiféricas, com enormes constrangimentos e desafios, mas essa realidade, longe de nos limitar, deve servir de inspiração para inovar e aproveitar o melhor das nossas potencialidades", afirma Luís Garcia na sua mensagem de Ano Novo, divulgada em nota de imprensa.
O líder da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores (ALRAA) apontou dois desejos para o próximo ano: "um mundo melhor e uns Açores mais prósperos".
"Que [2025] seja o ano em que a humanidade compreenda que o verdadeiro poder reside no diálogo, na reconciliação e na capacidade de construir pontes onde antes existiam muros. Que a paz deixe de ser um ideal distante e passe a ser uma realidade concreta, fruto da nossa determinação coletiva", afirma.
Em relação ao arquipélago, Luís Garcia considera que, com visão estratégica, os desafios podem ser transformados em oportunidades e será possível "construir uma economia sólida, sustentável e inovadora, capaz de assegurar um futuro próspero para todos os açorianos, sem exceção".
"Bem sei o poder e a importância do setor público em territórios pequenos e dispersos. Contudo, acredito que uma economia robusta é o alicerce de três objetivos determinantes para o nosso futuro", prosseguiu.
Gerar oportunidades para atrair e fixar jovens, equilibrar as finanças públicas e combater a pobreza de forma sustentável, são os três objetivos que considera determinantes para o futuro do arquipélago.
Ainda de acordo com Luís Garcia, "felizmente existem indicadores positivos" ao nível da economia regional que "importa prosseguir e consolidar", pois, só assim, será cumprido um dos principais desígnios da Autonomia: "garantir a coesão económica, social e territorial entre todas as ilhas e a convergência com o crescimento do país e da União Europeia".
"Açorianos, sacudamos o fatalismo, a descrença e o pessimismo. Nós somos capazes. Acreditemos nas oportunidades que a nossa terra oferece", vincou o presidente da ALRAA.
E, depois de desejar uma sociedade com "maior participação dos cidadãos e mais justa", Luís Garcia apela "a uma administração pública moderna e ágil, que seja promotora e não inibidora de investimentos e de modernização".
"Ambiciono uma economia capaz de oferecer melhores salários. Reafirmo a necessidade de rigor na aplicação dos recursos que temos e que são cada vez mais escassos - sejam fundos próprios, comunitários ou os do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Alerto para que comecemos a preparar o período pós PRR e para estarmos atentos à preparação do próximo Quadro Financeiro Plurianual da União Europeia", disse.
Para o responsável político, o trabalho coletivo para os próximos anos "é muito e recomenda diálogo político e social" para que sejam construídas "soluções sólidas".
"Esta missão exige atores políticos, económicos e sociais com maturidade, responsabilidade e disponibilidade para assumirem compromissos pelos Açores. Eu acredito que vamos conseguir. Acredito nos açorianos e na nossa capacidade de superar desafios utilizando com inteligência a nossa Autonomia, prestes a comemorar 50 anos", argumentou.
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