Segundo a acusação, datada de 13 de novembro e a que a Lusa hoje teve acesso, o MP imputa ao arguido, de 38 anos, um crime de violência doméstica, quatro crime de violação agravados e um crime de coação sexual agravado.
O MP refere que o arguido teve manifestações de desagrado quando a mulher começou a trabalhar no Hospital de Braga, em abril de 2021, e quando ela se inscreveu num ginásio, no ano seguinte.
Em agosto de 2023, o casal deixou de "fazer vida em comum" e, a partir daí, o arguido terá começado a subir o tom das ameaças e o grau de agressividade.
A acusação relata alguns episódios de violação, sublinhando que causaram sofrimento psíquico e físico à vítima, além de humilhações, constrangimentos e vergonha, "fazendo com que a mesma vivesse num constante estado de mal-estar, de ansiedade e de tristeza" e chegasse a recear pela própria vida.
O MP diz que o arguido "teve o propósito conseguido e reiterado de, no interior da habitação comum e diante dos filhos menores comuns, lesar a saúde da vítima, humilhá-la e condicionar a sua liberdade, atuando sempre de modo a atingir a sua dignidade".
Acrescenta que o arguido colocou a vítima na impossibilidade de resistir e fugir, aproveitando-se da sua superioridade física".
O casamento foi dissolvido por divórcio em março de 2024.
Leia Também: Duas mulheres feridas em despiste seguido de capotamento em Braga
