Em comunicado assinado pelo seu presidente, Joaquim Batista, a CIRA relembra que o troço da A25 entre a Ponte da Barra e o nó de Angeja, que continua a ter portagens, já estava construído antes da concessão.
Para a CIRA, não faz sequer sentido que o acesso rodoviário ao porto de Aveiro seja sujeito ao pagamento de portagens, penalizando as atividades económicas.
A CIRA salienta que "sempre defendeu o fim das portagens na A25 por considerar que esta via deveria ter um regime excecional, dado o seu caráter único na servidão rodoviária da ligação entre a Região de Aveiro e Castela / Leão, Espanha".
"Não podemos aceitar e muito menos compreender as razões que possam justificar o facto da gratuitidade de circulação da A25 não se aplicar a toda a sua extensão, o que discrimina profunda e negativamente a população e a economia da região de Aveiro", declara a CIRA.
No comunicado, a Comunidade Intermunicipal "exige que o Governo tome rapidamente posição sobre esta grave discriminação, assumindo a gratuitidade de circulação em toda a extensão da A25".
Além disso, quer ver concretizadas as vias alternativas à EN109, entre Ovar e Vagos, "para que o tráfego recebido da [autoestrada] A17, A25 e A29 seja devidamente acolhido nessas zonas densamente povoadas".
A construção de uma variante à EN1/IC1, nomeadamente na zona de Anadia e Águeda, é também reclamada por aquela entidade, sugerindo que seja feita aproveitando o corredor que esteve reservado para a A32.
A 01 de janeiro foram abolidas as portagens nas vias rápidas estruturantes do Interior e Algarve conhecidas como SCUT, após mais de 13 anos de luta das populações pela reposição do modelo inicial de financiamento destas estradas sem custos para o utilizador.
As portagens foram abolidas na A4 - Transmontana e Túnel do Marão, A13 e A13-1 - Pinhal Interior, A22 - Algarve, A23 - Beira Interior, A24 - Interior Norte, A25 - Beiras Litoral e Alta e A28 -- Minho, esta última apenas nos troços entre Esposende e Antas e entre Neiva e Darque.
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