"Não vamos ter de esperar pelo fim do meu mandato, nem pelos 100 anos do antigo Palácio da Justiça de Coimbra, para ver que os trabalhos arrancam. Não vamos esmorecer e acredito que o senhor presidente da Câmara também não, porque Coimbra, os cidadãos, as empresas de Coimbra e todos quantos trabalham no sistema judicial merecem este palácio tão esperado e necessário: desta vez é para cumprir", destacou Rita Júdice.
A ministra da Justiça, Rita Júdice, e a secretária de Estado da Justiça, Maria José Barros, acompanhadas da presidente do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça (IGFEJ), Ana Luísa Machado, marcaram hoje presença na cerimónia de assinatura do contrato interadministrativo com a Câmara Municipal de Coimbra, com vista à elaboração do projeto final para a construção do novo Palácio de Justiça de Coimbra.
Nesta ocasião, Rita Júdice reafirmou que Coimbra precisa de um novo Palácio da Justiça, recordando a promessa que já tinha deixado há oito meses, na cerimónia dos 90 anos do Palácio da Justiça de Coimbra.
"Quando acabei o meu discurso, o entusiasmo na sala era muito contido. Percebi logo que o presidente da Câmara Municipal, o senhor presidente da Relação, as entidades e autoridades ali presentes tinham pouca fé em promessas que, ainda por cima, não eram originais", referiu.
Ao longo da sua intervenção, a ministra da Justiça aludiu às várias deficiências e ao custo com rendas de alguns edifícios onde estão instalados Juízos do Tribunal da Comarca de Coimbra, reiterando a necessidade de se construir um edifício de raiz, para que tudo passe a funcionar numa localização única.
"A lista de problemas não é pequena, estamos a começar pelo que nos parece mais urgente ou precisa de mais tempo a concretizar. O Ministério da Justiça, através do IGFEJ -- aqui representado pela sua presidente -- vai suportar os custos da elaboração e revisão do projeto (cerca de um milhão de euros), mas delega na Câmara Municipal a competência para concretizar essa tarefa", indicou.
Já o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, congratulou-se por a ministra da Justiça estar a permitir que Coimbra concretize um sonho que "é muito mais do que um sonho: é uma necessidade para Coimbra e para o país".
"É um dia de jubilo e de reconhecimento de cumprimento da palavra dada e um dia de felicidade para Coimbra. Estamos a fazer algo que é fundamental para conduzir à concretização do Palácio da Justiça onde ele deve estar, na rua da Sofia, depois de tantos debates e retórica", afirmou.
No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, a ministra da Justiça disse ainda que o Governo pretende que o concurso público para o projeto seja lançado "com a máxima urgência".
"O que queremos é que avance", acrescentou, referindo que este será "um projeto de raiz", um edifício "pensado para uma nova justiça" e para as necessidades atuais e futuras.
Cerca de uma hora antes da assinatura do contrato interadministrativo, a ministra da Justiça visitou o Tribunal da Relação, onde reuniu durante alguns minutos, seguindo depois para o Tribunal Judicial da Comarca de Coimbra, localizado no Edifício do Arnado, onde estão instalados os Juízos Cíveis e o Juízo do Trabalho.
Para a tarde estão previstas visitas ao Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Coimbra, Tribunal de Família e Menores de Coimbra e Palacete de Celas.
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