A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) convocou uma concentração de profissionais da Polícia de Segurança Pública (PSP) para o dia 31 de janeiro, às 11h30, em frente ao Ministério das Finanças, em Lisboa, pelo cumprimento da pré-aposentação.
"Os sucessivos governos não têm cumprido com o estatuto profissional no que diz respeito a este direito, o atual Governo continua com a postura dos antecedentes. Há milhares de profissionais que cumprem requisitos e demonstram (por via de requerimento) desejo de passar à pré-aposentação, não lhes sendo dada qualquer satisfação, criando-lhes angústia e uma gritante desmotivação", lê-se no comunicado da ASPP/PSP.
Com este protesto, o maior sindicato da PSP "exige a emanação do despacho interministerial para a pré-reforma" referente ao ano passado e que o Governo "prepare já o despacho" desde ano, com "emanação até maio deste ano".
"Os profissionais da PSP não têm qualquer responsabilidade pela incapacidade política de recrutamento de novos profissionais, têm a sua dignidade e esta deve ser respeitada. A Direção Nacional da PSP tem de ser mais exigente para com o Governo e menos pacífica no que concerne a propostas desajustadas e quase ridículas", acrescenta o sindicato na mesma nota.
Em novembro, a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, disse que na PSP estavam em condições para entrar na pré-aposentação 4.125 polícias àquela data.
A questão da pré-aposentação é um das principais reivindicações dos sindicatos, que contestam os atuais critérios, alegando que, devido à falta de efetivo na polícia, muito poucos agentes entram anualmente na pré-reforma, ficando de fora muitos que reúnem os requisitos.
Segundo os sindicatos da PSP, atualmente quem vai para a pré-reforma são essencialmente os polícias com mais de 60 anos, embora os requisitos sejam 55 anos de idade e 36 anos de serviço.
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