À medida que mais pormenores angustiantes do horrível ataque de Southport, em Inglaterra, foram surgindo esta semana, os pais das três meninas que morreram no ataque tentam agarrar-se a apenas uma coisa: as memórias felizes da suas filhas.
O suspeito do ataque Axel Rudakubana, que matou uma menina portuguesa, deverá conhecer hoje o seu destino final, enfrentando a possibilidade de ser condenado a prisão perpétua.
Enquanto o seu destino não é conhecido, os meios de comunicação britânico decidem focar-se no mesmo principio das famílias e recordar as vítimas inocentes.
A mais velha das vítimas é a portuguesa Alice que foi descrita pelos pais, Sergio e Alexandra, como a "criança perfeita".
"Era uma boa miúda, com fortes valores e uma gentileza natural", "que completava o nosso mundo com a sua confiança e empatia".
Recordando palavras ditas pelos pais no seu funeral e em homenagens feitas através das redes sociais, o The Mirror recorda o momento em que os pais afirmavam que a menina tinha como regra "não gritar em casa", uma "grande tarefa para uma rapariga pequena, especialmente numa casa portuguesa”.
"À medida que passavas de princesa a pré-adolescente, começámos a notar algumas mudanças, vendo a tua independência tomar forma [...] A tua lista de coisas a fazer era extensa e temos a certeza de que a cumpririas se tivesses tido tempo", completavam os pais, que afirmavam ainda que a sua vida tinha ficado "completa" com a chegada de Alice, que tinha 9 anos.
Para além de Alice morreram também no ataque à escola de dança, a 29 de junho, Bebe King, de 6 anos, e Elsie Dot Stancombe, de 7 anos.
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