Após Chega dar 'sinal', Aguiar-Branco desvaloriza: "Alertar para o quê?"

O caso Miguel Arruda continua a dar que falar, com o presidente do Presidente da Assembleia da República a garantir que não vai alimentar "retóricas políticas", referindo também que teve uma conversa com Rui Paulo Sousa, do Chega, na quinta-feira, mas que esta não foi "relevante" no que diz respeito à investigação sobre o agora deputado não inscrito.

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© Leonardo Negrão

Notícias ao Minuto
28/01/2025 16:43 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

País

CHEGA

O Presidente da Assembleia da República (PAR), José Pedro Aguiar-Branco, desvalorizou, esta terça-feira, que tenha sido o Chega a alertar para a existência de bagagens no gabinete de Miguel Arruda, algo que o líder do partido, André Ventura, deixou claro em conferência de imprensa já na tarde de hoje.

 

"Mas a alertar para quê? Estava uma investigação em curso", afirmou, repetindo várias vezes a questão. Interrogado sobre se confirmava que o alerta foi dado pelo partido, Aguiar-Branco remeteu para declarações que já tinha feito minutos antes, quando confirmou que teve uma conversa "informal" com Rui Paulo Sousa.

"É verdade que o deputado Rui Paulo Sousa pediu para falar comigo depois de um plenário, é verdade que teve essa conversa nos Passos Perdidos, em trânsito, que eu estava para o meu gabinete - tal como muitos deputados pedem para falar comigo dessa forma".

Minutos antes, já em declarações aos jornalistas, Aguiar-Branco tinha confirmado que na quinta-feira, depois do plenário, se encontrou com o deputado do Chega Rui Paulo Sousa. "Falei, ouvi o que [o deputado] tinha a dizer. Não tinha nenhum impacto e era absolutamente irrelevante para o que diz respeito à investigação".

"Aquilo que foi dito era, no meu entender, irrelevante para efeitos da investigação em causa", apontou, referindo que a diligência que se passou na última noite é "a dinâmica normal de uma investigação criminal".

"A diligência foi cumprida sem incidentes e com a presença dos representantes quer do deputado [Miguel Arruda], quer do grupo parlamentar o Chega", detalhou, dando conta de que Miguel Arruda esteve representando por um mandatário. "Tudo correu sem incidentes. à margem disso há retóricas políticas, que eu não vou alimentar", atirou.

Aguiar-Branco considerou que uma situação destas "não prestigia" a política, mas referiu que estas diligências foram feitas com rapidez e conforme o quadro legal, menorizando-se "o dano que existe sempre".

Questionado sobre se um eventual pedido de imunidade parlamentar ou mesmo sobre um pedido de baixa, Aguiar-Branco deu a mesma resposta: "Que eu saiba, até agora não".

Sobre se Arruda, agora deputado não-inscrito, deveria renunciar ao mandato, tal como pede o Chega, Aguiar-Branco referiu que isso já fazia parte da retórica política e atirou, sublinhando que é preciso haver respeito pelas instituições: "Não me compete, enquanto PAR, estar a fazer sequer conselhos a deputados para que perante esta ou aquela situação tomem esta ou aquela atitude".

[Notícia atualizada às 16h57]

Leia Também: Ventura fala em "fragilidade psíquica" de Arruda e pede que este renuncie

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