Tutti Frutti: "É grave quando vemos lentidão da justiça. Peço celeridade"

O autarca lisboeta Carlos Moedas considerou que "todos os casos de justiça mancham aquilo que é hoje a política" e que estes acabam por afastar as pessoas da política.

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© Flickr PSD

Notícias ao Minuto com Lusa
04/02/2025 18:38 ‧ há 2 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

País

Carlos Moedas

O presidente da Câmara de Lisboa (CML), Carlos Moedas, reagiu à decisão do Ministério Público (MP), que quer recuperar para o Estado mais de 580 mil euros, resultantes da prática dos crimes imputados a 29 arguidos acusados no processo Tutti Frutti.

 

"Peço celeridade à Justiça. Aqui peço celeridade à Justiça. Pode causar grande injustiças, se não houver celeridade nestes casos. Aquilo que eu disse sempre é que quando um vereador fosse acusado num determinado momento, deveria suspender as suas funções", atirou, em declarações aos jornalistas, após anunciar que tinha aceitado a suspensão do mandato de Ângelo Pereira, vereador do Partido Social Democrata (PSD) a quem o MP pede a devolução de cerca de 600 euros, "relativo aos custos da viagem proporcionada pela INFORMANTEM".

Ângelo Pereira pediu suspensão de mandato. Moedas aceitou

Ângelo Pereira pediu suspensão de mandato. Moedas aceitou "de imediato"

Moedas esteve reunido com o vereador do PSD Ângelo Pereira, que disse ser "um homem de coragem" por pedir a suspensão do seu mandato.

Notícias ao Minuto | 18:33 - 04/02/2025

Moedas deixou ainda o 'conselho' para os outros partidos, que na sua opinião deveriam seguir o mesmo exemplo que está a ser dado. "É importante para a vida pública, para a defesa dos que são acusados [...]. Penso que é grave quando vemos a lentidão da justiça", afirmou.

Confrontando sobre se achava que o processo em causa era injusto, Moedas sublinhou: "Acho injusto quando a justiça é tão lenta. Acho injusto quando em Portugal as pessoas ficam à espera tanto tempo da resolução das suas vidas. A injustiça para mim em Portugal hoje é a lentidão da justiça".

"Todos os casos de justiça mancham aquilo que é hoje a política. Se há casos destes - e que estão durante tanto tempo -, mancham obviamente a política, afastam as pessoas da política. É grave na nossa sociedade", disse ainda, rejeitando comentar que a maioria dos envolvidos neste processo seja do PSD.

O processo Tutti Frutti, que decorria desde 2018, investiga alegados esquemas de um bloco central de interesses entre Partido Socialista e PSD para negociar lugares políticos nas freguesias e nas autarquias de Lisboa, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Foi hoje conhecido que foram acusadas 60 pessoas, entre autarcas das mais importantes juntas de Lisboa, funcionários e empresários que com eles celebravam negócios, por crimes que vão desde corrupção a prevaricação, abuso de poder, tráfico de influência ou participação económica em negócio.

[Notícia atualizada às 19h02]

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