A nova carreira de técnico auxiliar de saúde no Serviço Nacional de Saúde (SNS) entrou em vigor em janeiro de 2024 e abrange cerca de 24 mil trabalhadores, mas tem sido contestada pela APTAS, que tem pedido a sua revisão para colmatar o que considera ser falhas na sua aplicação.
Segundo Adão Rocha, em causa está a "vontade própria" de cada uma das 39 ULS do país - entidades que gerem os hospitais e centros de saúde de uma determinada área - na decisão de quem integra a nova carreira de técnico auxiliar de saúde.
"Continuamos a assistir a profissionais que não estão enquadrados na profissão a passarem para técnicos auxiliares de saúde", salientou o presidente da APTAS, ao apontar o exemplo de motoristas e barbeiros que integraram a nova carreira.
Além disso, administrações hospitalares estão a "exigir que os técnicos auxiliares de saúde continuem a fazer exatamente aquilo que faziam como assistentes operacionais", incluindo as limpezas gerais, colocando mesmo em risco a saúde dos doentes, alegou Adão Rocha.
"Pomos em risco a saúde do doente, porque quando estamos a assistir um doente ao mesmo tempo que somos desviados para estas funções, o controlo de infeção cai drasticamente", alertou o presidente da associação.
Perante isso, a APTAS pediu ao Ministério da Saúde que haja uma uniformização nas ULS sobre os critérios da passagem para técnico auxiliar de saúde.
"A questão tem a ver com a diferenciação que existe entre ser técnico auxiliar de saúde e ser assistente operacional. Tivemos uma carreira, ganhamos mais 49 euros, mas continuamos a fazer as mesmas funções do que os assistentes operacionais", lamentou Adão Rocha.
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