O presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, respondeu, no sábado, à coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, que o acusou de esquecer os portugueses e imigrantes para financiar eventos em Lisboa, como a WebSummit e festivais de música. Além de a classificar como "líder espiritual de Pedro Nuno Santos e Alexandra Leitão", o autarca atacou-a recordando o polémico caso das grávidas despedidas no partido.
"Quer mesmo falar de mentiras e desprezo?! Quer? Começamos por onde? Pelo desprezo revelado em relação às trabalhadoras que estavam grávidas e foram postas na rua? Ou começamos pela mentira do Alojamento Local? Ou pelo desprezo em relação à cultura portuguesa? Ou pelo desprezo em relação aos sem-abrigo? A doutora Mortágua quer mesmo falar de mentiras e desprezo?", apontou Moedas numa nota citada pela SIC Notícias.
As críticas de Mariana Mortágua surgiram no almoço de lançamento da candidatura da bloquista Carolina Serrão à autarquia de Lisboa, na capital. A coordenadora do BE avisou ainda que ninguém tem "no bolso" os votos que dão maioria na autarquia de Lisboa, insistindo que "é preciso juntar forças" para "dar uma lição às direitas raivosas do país".
Os bloquistas deixam em aberto a possibilidade de uma coligação pré-eleitoral com forças à esquerda, como PS, Livre e PAN.
Mortágua deixou elogios à vereadora na capital que está de saída, Beatriz Gomes Dias, "que melhor desmascarou a propaganda de Carlos Moedas e a sua política cínica", e manifestou confiança de que Carolina Serrão "será com certeza uma grande vereadora".
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