Sentiu o cheiro a azeitona no ar? Vai manter-se até amanhã (eis a razão)

Não será a primeira e (provavelmente) a última vez que este cheiro irá pairar no ar. Especialista explica-nos o que está a acontecer.

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© Getty Images/PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP

Andrea Pinto
10/02/2025 12:24 ‧ ontem por Andrea Pinto

País

Lisboa

Quem vive na região de Lisboa e Vale do Tejo acordou hoje com um cheiro incómodo no ar. Se torceu o nariz ao sair de casa, não terá sido o único e há uma explicação para o que está acontecer.

 

Esta não é a primeira vez que este fenómeno acontece. No ano passado, pela mesma altura, já se reportavam queixas similares - e o culpado é o mesmo.

“Tendo em conta a situação semelhante que registamos no ano passado, exatamente na mesma altura do ano, consideramos […] que a fonte de emissão está localizada algures na zona do Alentejo, e está relacionado com as indústrias do processamento do bagaço de azeitona”, explica ao Notícias ao Minuto Sofia Teixeira, investigadora da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade NOVA de Lisboa, especialista em temas relacionados com a qualidade do ar.

Segundo a investigadora, o cheiro chega à região de Lisboa devido ao “vento de quadrante sudeste e fraco”.

A especialista acredita que o cheiro intenso a azeitona está mais “localizado nesta zona devido à localização da fonte emissora” e devido “as características meteorológicas “que fazem com que o odor chegue aqui”, podendo o mesmo não ser sentido noutras zonas do país.

Questionada se o aroma veio para ficar, a previsão é de que ainda vamos ter de aguentar mais um pouco. A situação poderá manter-se até ao dia de amanhã dado que as condições vão alterar-se, com o vento do quadrantes oeste e registo de alguma precipitação [na terça-feira]”.

A boa notícia é a de que o “maior risco, que não é bem um risco, é a incomodidade”, garante Sofia Teixeira. “A situação que se coloca às pessoas é quererem abrir a janela ou fazer uma atividade ao ar livre e estarem mais condicionadas”, diz, crendo que o fenómeno “não terá impacto para a saúde nesta região de Lisboa”.

Apesar disso, e estando a tornar-se numa situação que acontece regularmente, a investigadora admite que “enquanto não tivermos um guia orientador ou um fonte cientifica, enquanto não conseguirmos encontrar informações sobre como agir, poderá manter-se esta situação todos os anos”.

Leia Também: Milhares de pessoas quiseram ver planta... que cheira a lixo em Sydney

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