A Polícia Judiciária (PJ) deteve um homem e constituiu outros dois como arguidos por estarem envolvidos num esquema de 17 empresas da região de Mafra que lesaram credores em, pelo menos, sete milhões de euros.
Esta operação da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ envolveu cinco mandados de busca, três domiciliárias e duas não domiciliárias, que tinham como objetivo recolher provas relacionadas com "suspeitas da prática dos crimes de insolvência dolosa e de burla qualificada".
Além dos documentos apreendidos durante as buscas, as autoridades apreenderam 19 viaturas de gama alta avaliadas em mais de dois milhões de euros, 114 relógios avaliados em mais de 200 mil euros e mais de 70 mil euros em dinheiro, "que se presume produto dos crimes em investigação".
Segundo o comunicado da PJ, os suspeitos assumiam lugares de gerência em empresas que compravam ou que criavam. Depois, apropriavam-se "ilicitamente das receitas geradas" enquanto, em simultâneo, não pagavam ordenados e acumulavam dívidas à Autoridade Tributária e à Segurança Social.
Mais tarde, "renunciavam à gerência das empresas" e passavam-nas para o "nome de terceiro não localizável", descartando qualquer responsabilidade e fazendo desaparecer a "contabilidade e outra documentação relevante".
Nesta operação da PJ, denominada de 'Fascina', participaram mais de 30 inspetores e peritos da Unidade de Perícia Tecnológica e Informática e da Direção de Serviços de Gestão Financeira e Patrimonial da PJ.
"O principal suspeito das práticas criminosas encontra-se preso. As investigações prosseguem", conclui a PJ na mesma nota.
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