Segundo a proteção Civil da Covilhã, no distrito de Castelo Branco, o número de ninhos de vespa velutina -- também identificada por vespa asiática - detetados e inativados em 2024 está abaixo dos 368 registados no ano anterior.
O município sublinhou, em comunicado, que os ninhos eliminados da espécie invasora vêm "demonstrar a importância da estratégia de combate" implementada pelo município.
Na mesma nota, a autarquia frisou que existe um esforço contínuo com vista a evitar a disseminação no concelho da vespa asiática e que os métodos adotados têm permitido dar resposta aos casos reportados "em média nas primeiras 24 horas".
"O Serviço Municipal de Proteção Civil também tem reforçado as ações de sensibilização, informação e controlo, nomeadamente com a distribuição de armadilhas, para tentar capturar o máximo possível de vespas fundadoras e evitar o aumento de ninhos", é referido.
A autarquia lembrou que foi criada uma plataforma digital própria para fazer o registo de todos os casos identificados, para permitir saber com exatidão quais os locais onde foram identificados casos, para "agir em conformidade com a progressão da situação".
A União de Freguesias de Covilhã e Canhoso foi onde se registaram mais casos no concelho, 78.
Citado no comunicado, o coordenador municipal de Proteção Civil, Luís Marques, alertou que não se deve tentar, pelos próprios meios, exterminar os ninhos, porque se o procedimento não for feito de forma adequada pode originar a multiplicação desses ninhos.
Em março de 2024 a Câmara da Covilhã anunciou a criação de uma plataforma própria de monitorização da vespa velutina e a instalação de 30 armadilhas para georreferenciar a atividade e tornar o combate a esta espécie invasora mais eficaz.
A vespa asiática tem provocado prejuízos a quem tem colónias de abelha melífera, por ser predadora e destruir colmeias de abelhas produtoras de mel.
"Esta espécie predadora, cuja proliferação tem vindo a aumentar no território nacional, afeta a biodiversidade, uma vez que se alimenta de abelhas e outros insetos polinizadores, comprometendo a polinização de plantas e a produção agrícola", vincou a proteção Civil.
Luís Marques acentuou que, de acordo com os especialistas, já não é possível "acabar com esta espécie invasora", destacando, por isso, a importância de implementar medidas que "minimizem a sua proliferação".
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