Novo órgão do Governo pode ajudar universidades a adaptar-se à "mudança"

O ministro da Educação defendeu hoje que o novo Conselho Nacional para a Inovação Pedagógica no Ensino Superior (CNIPES) poderá contribuir para uma "cultura de acompanhar a mudança" entre as instituições e um dos desafios à inteligência artificial.

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Lusa
14/02/2025 19:19 ‧ há 11 horas por Lusa

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Fernando Alexandre

"Poderá ser um dos maiores contributos do CNIPES criar a cultura de acompanhar a mudança e de conseguirmos mudar para melhor", antecipou Fernando Alexandre, no discurso de encerramento da cerimónia de tomada de posse do conselho, que decorreu hoje no Teatro Thalia, em Lisboa.

 

O novo órgão consultivo do Governo, presidido por Patrícia Rosado Pinto, vai dedicar-se a promover a inovação e formação pedagógicas no ensino superior e o sucesso e bem-estar das comunidades académicas, num contexto que o ministro da Educação descreveu como de constante mudança.

Um dos maiores desafios atuais é a inteligência artificial (IA), tema que esteve hoje em debate durante a cerimónia, com uma discussão sobre como as novas ferramentas representam um desafio para o ensino e a aprendizagem, mas também como podem ser utilizados em benefício dos professores.

"A IA coloca muitos desafios à forma como os professores interagem com os estudantes, como avaliam os estudantes, e essa aprendizagem que vamos ter de fazer acabará, obviamente, por beneficiar as contribuições dos especialistas que estão no conselho", afirmou Fernando Alexandre, já em declarações aos jornalistas.

Muitas instituições de ensino superior já são exemplo de boas práticas, continuou o ministro, considerando que o CNIPES poderá contribuir também para "formalizar um conjunto de projetos, de relações, de redes que já existem na área da inovação pedagógica, sempre com grande preocupação com o bem-estar e sucesso dos alunos".

Questionado sobre como o papel do CNIPES se articula com a autonomia das instituições, e que o Governo quer ver reforçada, Fernando Alexandre considerou que não são antagónicos.

"O CNIPES pode ser o acelerador de colaboração, de partilha de boas práticas, de criação de um sentimento de comunidade académica", defendeu, antecipando que "cada uma das instituições será mais criativa, mais inovadora, proporcionando mais sucesso e bem-estar aos estudantes", também ao beneficiar dos contributos do conselho nacional.

Da parte da presidente, Patrícia Rosado Pinto explicou que o CNIPES terá por base muito do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido pelos consórcios de universidades e politécnicos.

"A nossa ideia agora é, a partir da avaliação, construirmos modelos que possam ser partilhados por vários consórcios, por várias instituições de ensino superior e aconselhar o senhor ministro nessa direção", explicou.

O objetivo final, acrescentou, é melhorar o ensino e, dessa forma, melhorar também a aprendizagem dos alunos.

"Mas isto é um desejo e vamos ter algumas métricas para medir isto", referiu, considerando que, nesse âmbito, os conselheiros estrangeiros terão um importante contributo.  

Além de Patrícia Rosado Pinto, o CNIPES integra representantes de cada Centro de Excelência de Inovação Pedagógica, representantes dos reitores das universidades e presidentes dos politécnicos, dos estudantes e especialistas designados pelo ministro da Educação, Ciência e Inovação.

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