Imobiliária? Marcelo vai "esperar serenamente" por discussão da moção

O partido Chega entregou, esta terça-feira, uma moção de censura ao Governo, uma vez que considera que recaem sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "suspeitas gravíssimas de incompatibilidade" no exercício de funções públicas.

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© Horacio Villalobos#Corbis/Corbis via Getty Images

Notícias ao Minuto
18/02/2025 17:09 ‧ há 3 semanas por Notícias ao Minuto

País

Presidente da República

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou que "não se vai pronunciar" sobre um assunto que "vai ser objeto de debate no Parlamento", referindo-se à polémica à volta da imobiliária da família do primeiro-ministro, Luís Montenegro, e à moção de censura entregue pelo Chega ao Governo. 

 

"Eu não queria estar a pronunciar-me sobre essa matéria que é uma iniciativa parlamentar que já está desencadeada. Ontem ainda não estava, anteontem ainda não estava [...] uma vez desencadeada, vai ser agendada e discutida esta semana, ou na próxima, e eu não vou pronunciar-me sobre aquilo que vai ser objeto de debate no Parlamento", sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, em declarações aos jornalistas, na residência oficial do embaixador de Portugal em Brasília.

O Presidente da República frisou que vai "esperar serenamente" sobre "o que vai acontecer a nível parlamentar". 

Questionado se falaria com o primeiro-ministro, Marcelo notou que fala "todos os dias" com Montenegro. 

Note-se que, esta terça-feira, o Chega entregou uma moção de censura ao XXIV Governo Constitucional por considerar que recaem sobre o primeiro-ministro, Luís Montenegro, "suspeitas gravíssimas de incompatibilidade" no exercício de funções públicas.

De recordar que, o Correio da Manhã noticiou, há uns dias, que Luís Montenegro criou, em 2021, uma imobiliária que, atualmente, é gerida pela mulher e pelos filhos. O Chega argumenta que essa empresa, da qual Montenegro foi gerente, pode sair beneficiada da alteração à lei dos solos aprovada pelo atual Governo, afirmando que cabia ao primeiro-ministro "acabar com as suspeitas de promiscuidade político-empresarial ou de potencial conflito de interesses".

Considerando ainda "bizarro" o facto de a sede da empresa, "cujo objeto expressamente prevê a possibilidade de efetuar negócios com entidades públicas", ser na morada de família do primeiro-ministro.

Leia Também: Imobiliária? Montenegro "tem conduta à prova de bala" e está "tranquilo"

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