Segundo Manuel Halaiwa, o SIC recebeu uma denúncia de sequestro e no decurso das investigações foi desmantelada uma rede criminosa, acabando detidas seis pessoas, com idades dos 19 aos 45 anos, entre os quais duas mulheres e um cidadão brasileiro.
De acordo com a mesma fonte, os detidos são suspeitos dos crimes de "associação criminosa e também de extorsão".
O porta-voz do SIC avançou que a líder do grupo é uma mulher de 34 anos, que simulou o seu próprio sequestro, pela terceira vez, "no intuito de extorquir o seu marido".
Trata-se de um cidadão português, de 45 anos, ligado ao setor da construção civil e que vive com a suspeita há sete anos.
"O SIC, em sede das suas investigações, apurou que este não é o primeiro caso, o último ocorreu no dia 31 de dezembro de 2024 e outro em momento anterior. Sempre que ela decide estar no convívio com amigos, simula sempre um sequestro e acaba criando condições para extorquir o seu marido", explicou Manuel Halaiwa.
Com essas ações, a mulher chegou a subtrair do seu parceiro o montante total de 2,7 milhões de kwanzas (cerca de 2.600 euros).
Neste último caso, a acusada esteve dois dias numa hospedaria, em Luanda, onde foi detida em flagrante delito na companhia de um grupo de amigos.
Na quarta-feira, na sequência da investigação, foi detido o cidadão brasileiro, "que usava o seu telemóvel para persuadir o cidadão estrangeiro a entregar o dinheiro", disse o oficial, salientando que os suspeitos vão agora ser presentes ao Ministério Público para formalização da sua detenção.
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