"É necessário diálogo e espírito de construção de plataformas comuns de entendimento que aproximem os aliados que somos, União Europeia, Estados Unidos da América e Canadá", afirmou o primeiro-ministro, numa conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado francês.
Montenegro saudou o "esforço e liderança" de Macron na tentativa de construir, no contexto internacional, "as forças necessárias para assegurar caminhos de paz" na Ucrânia.
"Depois de três anos de uma invasão que sempre considerámos ilegal, apoiamos uma solução de paz justa, duradoura e baseada no respeito do direito internacional", afirmou o primeiro-ministro.
Quanto às considerações do presidente norte-americano Donald Trump sobre a participação da União Europa na resolução do conflito na Ucrânia, o chefe do executivo assinalou que o caminho é de "diálogo, pedagogia e argumentação".
"Se há coisa que não devemos fazer é aumentar a escalada verbal e andar a comentar todos os dias o que cada um diz", considerou.
Montenegro e Macron falavam aos jornalistas depois de assinarem o Tratado de Amizade e Cooperação entre Portugal e França, que começou a ser delineado há oito meses, e que hoje resultou em "nove instrumentos de cooperação" entre os governos e associações empresariais.
Segundo o primeiro-ministro, este tratado assenta em "três grandes prioridades estratégicas" na relação entre os dois países: economia, defesa e energia.
O Presidente norte-americano, Donald Trump, recebe hoje o seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky.
A reunião entre os dois chefes de Estado tem como objetivo a assinatura de um acordo sobre minérios exigido pelo líder norte-americano em troca da ajuda dos Estados Unidos à Ucrânia.
O documento prevê que a Ucrânia partilhe os seus recursos naturais com os Estados Unidos, enquanto os EUA desenvolvem riqueza mineral em conjunto com Kiev e as receitas provenientes desta iriam para um fundo recém-criado a ser "gerido em conjunto pela Ucrânia e pelos Estados Unidos".
[Notícia atualizada às 15h02]
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