Em comunicado, a AML, que representa 18 municípios, refere que será solicitada uma reunião com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para fazer um ponto de situação das medidas que compõem o plano de emergência e a transformação da saúde na região.
"Segundo os dados registados no portal da transparência do Serviço Nacional de Saúde (SNS), existem na Área Metropolitana de Lisboa cerca de 790.000 utentes sem médico de família, cerca de 50% dos números registados no total do país", lê-se na nota.
Para os autarcas da AML, existe um "agravamento no acesso a cuidados de saúde por parte dos cidadãos deste território".
Entre os temas a abordar com a governante está a demissão do conselho de administração do Hospital Amadora/Sintra, os "elevados tempos de espera nas urgências na generalidade dos hospitais da região" e a falta de profissionais de saúde.
"Os presidentes das câmaras municipais da Área Metropolitana de Lisboa, maioritariamente, consideram que, mesmo havendo uma apreciação positiva do modelo de gestão das Unidades Locais de Saúde, que promovem uma maior articulação entre os cuidados de saúde primários e hospitalares, é imperativo reforçar o acesso ao Serviço Nacional de Saúde a todos os cidadãos, com meios humanos, técnicos e instalações adequadas", indica a nota.
Os autarcas defendem ainda a criação de um programa metropolitano que reduza significativamente o número de utentes inscritos em cuidados de saúde primários sem médico de família e que se reconsidere a estratégia de centralização e concentração de serviços de saúde.
Integram a Área Metropolitana de Lisboa os municípios de Lisboa, Loures, Odivelas, Amadora, Oeiras, Cascais, Sintra, Mafra e Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, e Almada, Seixal, Barreiro, Alcochete, Palmela, Setúbal, Sesimbra, Moita e Montijo, no distrito de Setúbal.
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