Seis pessoas foram condenadas pelo Juízo Central Criminal de Loures, no início do mês, a penas de prisão suspensas pela prática do crime de lenocínio, informou a Procuradoria da República da Comarca de Lisboa Noite.
Em comunicado, divulgado esta sexta-feira, a procuradoria indica que os "factos remontam ao período compreendido entre o ano de 2018 e o ano de 2020, durante o qual os arguidos foram desenvolvendo o mencionado crime em residências localizadas na zona da Lourinhã, Bombarral, Rio Maior e Aveiro".
Os seis condenados "recebiam mulheres que se dedicavam à prática de prostituição" e obrigavam-nas a "desenvolver, diária e consecutivamente, atividades de cariz sexual, entre as 10h00 e as 20h00/23h00".
Os arguidos fixaram ainda a quantia monetária cobrada pelas mulheres e ficavam com 50%.
As mulheres eram controladas através de vigilância pessoal e o grupo colocou câmaras de vigilância em duas residências para "impedir que as mulheres que se dedicavam à prostituição pudessem recusar clientes" e para que fosse possível controlar o número de clientes.
O Ministério Público irá recorrer da pena aplicada a um dos arguidos e irá pedir o cumprimento de pena efetiva.
O inquérito que esteve na origem da condenação foi dirigido pelo Ministério Público - Subsecção da Lourinhã, DIAP da comarca de Lisboa Norte, com a coadjuvação da Polícia Judiciária.
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