Promoção da saúde mental das crianças e jovens é um trabalho coletivo

A promoção da saúde mental na infância e na adolescência é um desafio coletivo, que deve envolver o trabalho em rede, afirmou hoje uma vogal do conselho de administração da Unidade Local de Saúde (ULS) de Coimbra.

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Lusa
11/03/2025 12:41 ‧ ontem por Lusa

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Saúde mental

"Este é um desafio coletivo, precisamos da colaboração de todos - pais, educadores, profissionais de saúde, gestores e decisores políticos - para garantir que nenhum jovem fique sem apoio e que nenhuma criança sofra em silêncio", salientou Áurea Andrade, no encontro "É + Forte Do Que Nós -- Saúde Mental na Infância e Adolescência", que decorre ao longo do dia de hoje, no Convento São Francisco, em Coimbra.

 

A também enfermeira diretora, ao longo do evento que tem como objetivo promover a reflexão sobre a saúde mental durante o crescimento, apontou a importância de se desenvolver um trabalho articulado entre as principais redes - familiar, escolar, social e autárquica.

"A rede familiar é a base do bem-estar. A família é o primeiro espaço de construção emocional e social da criança", frisou.

Entre as ações concretas que podem ser desenvolvidas nesta área, sublinhou a promoção de um diálogo aberto, ensinar estratégias de regulação emocional desde cedo, criar momentos de qualidade, sensibilizar os pais para conhecer sinais de alerta em relação a saúde mental e incentivar a procura de ajuda profissional quando necessário.

Por outro lado, a rede escolar "desempenha um papel essencial na identificação precoce de dificuldades emocionais", sendo eficaz realizar formações para professores e funcionários e a criação de gabinetes de apoio psicológico acessíveis, bem como fomentar a inclusão e combater o 'bullying'.

A nível social, é preciso uma comunidade ativa no apoio a crianças e adolescentes, enquanto as autarquias "têm um papel estratégico na criação de condições que favoreçam a saúde mental".

"Nenhuma das redes pode atuar isoladamente. Só com um trabalho conjunto, estruturado e contínuo conseguimos criar uma verdadeira rede de proteção para as crianças e os jovens", defendeu Áurea Andrade.

Entre as medidas que contribuem para a saúde mental dos mais novos, destacou também a promoção de hábitos saudáveis e limitar o impacto negativo do uso excessivo das redes sociais, educando para um consumo digital mais consciente.

O encontro "É + Forte Do Que Nós -- Saúde Mental na Infância e Adolescência" é organizada pela Câmara Municipal, através do Grupo de Trabalho Crianças e Jovens da Rede Social de Coimbra, e vai decorrer ao longo do dia, reunindo especialistas de diversas áreas, em três painéis de debate.

Temas como "Quando nos devemos preocupar? Quais os sinais e sintomas de alarme" e "Da prevenção à Intervenção", bem como a apresentação de programas e projetos em curso, compõem a programação do certame, que tem lugar no CSF.

No fim do dia, as cerca de 200 pessoas presentes "vão estar em melhores condições para enfrentar esse desafio", sustentou o vereador da Câmara de Coimbra, Miguel Fonseca, na sessão de abertura da iniciativa.

"Refletir sobre a saúde mental na infância e na adolescência é absolutamente fundamental. Esta fase da vida é crucial para o desenvolvimento de qualquer pessoa e a forma como a saúde mental é cuidada nessa fase repercutir-se-á seguramente na idade adulta", acrescentou.

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