Advogado quer pena "reeducativa" para suspeito de tentar matar 3 pessoas

O advogado do homem acusado de tentar matar três pessoas, em julho de 2022, no bairro da Pasteleira, no Porto, pediu hoje uma pena com "função reeducativa" para o arguido que exclua a privação de liberdade.

Notícia

© ShutterStock

Lusa
11/03/2025 18:13 ‧ ontem por Lusa

País

Porto

"Uma pena de prisão efetiva é solução? Não é solução. A pena deve ter uma função reeducativa, o Direito não pune, reeduca. A pena a aplicar deve dar a oportunidade [ao arguido] de tentar redimir-se e compensar por aquilo que foi retirado com os disparos", apelou Nelson Sousa, durante as alegações finais de decorreram esta tarde, no Tribunal de S. João Novo, no Porto.

 

O homem foi julgado por três crimes de tentativa de homicídio qualificado, sendo que o Ministério Público (MP) apontava que o arguido, no dia 15 de julho de 2022, estava no Bairro da Pasteleira Nova a vender droga, quando, sem que nada o fizesse prever, sacou de uma 'shotgun' e disparou contra outros três homens que aguardavam na fila para comprar droga.

Durante o julgamento, o arguido explicou que não teve intenção de matar ninguém e que apenas tentou acalmar "uma confusão" e que com receio que a filha "saísse de casa e se pudesse magoar", agarrou naquilo que lhe pareceu, num primeiro momento, um pau: "Quando agarrei é que vi que era uma caçadeira, atirei aquilo para o chão e aquilo disparou", disse.

Para o MP, a "história" do arguido não convence: "Porque é que uma criança ia sair de casa às 22:00? E Porque é que então não voltou para trás e avisou? Mesmo achando que fosse um pau resolveu retirá-lo da mão do outro em vez de seguir o seu caminho".

E continuou: "Peço a condenação do arguido pelos factos de que vem acusado, fazendo-se justiça", apelou a procuradora, sem especificar que medida da pena considerava que faria justiça.

Uma das vítimas foi atingida no tórax e abdómen. Os chumbos chegaram-lhe aos pulmões, fígado e rins. Outro dos homens foi atingido no tórax, pescoço e braços. A terceira vítima foi atingida num lábio, nariz e antebraço direito.

"Três tentativas de homicídio? Não. Uma tentativa, admitimos, tendo em conta os ferimentos de uma das vítimas, os outros não (...). É claro e transparente o arrependimento de tentar acabar com o sururu. Ele admitiu, não tinha que o fazer", argumentou Nelson Sousa.

Leia Também: Governo aprova decreto-lei para revisão dos estatutos na justiça

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas