Segundo a acusação, três dos arguidos, "acordaram entre si" vender heroína, cocaína e haxixe, no bairro Dr. Nuno Pinheiro Torres, naquela cidade, sendo que "para o efeito, estes arguidos acordaram com vários indivíduos [os restantes arguidos] desenvolverem tal atividade de venda de estupefacientes, repartindo entre si as tarefas de preparação, dosagem e corte do produto e venda".
O Ministério Público (MP) aponta que acordaram ainda "a cedência das respetivas habitações para dissimulação do produto, bem como do dinheiro proveniente das vendas", acusando os arguidos de tráfico de droga em coautoria e um deles de detenção de arma proibida.
No dia 13 de março, data em que cessaram a atividade, as habitações dos arguidos foram alvo de buscas, tendo sido apreendido um valor monetário superior a 40 mil euros, vários telemóveis e material usado para manusear e vender a droga.
"Eu aceitar guardar aquilo [uma mochila] porque estava aflita de dinheiro e davam-me 50 euros por dia. Nunca vi o que estava lá dentro", admitiu uma das arguidas a testemunhar na sessão de hoje.
No mesmo sentido depôs outra das arguidas: "Eu precisava do dinheiro e não perguntei o que estava a guardar. Iam a minha casa de manhã e ao final do dia guardar lá o que tinham. Não perguntei o que era".
Dois dos arguidos respondem a este processo em prisão preventiva enquanto os restantes estão em liberdade.
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