Babel. Elad Dror diz que pagamentos a Malafaia não visavam Câmara

O fundador do grupo Fortera, Elad Dror, arguido no processo Babel, garantiu hoje que os pagamentos que fez ao empresário Paulo Malafaia para ajudar nos projetos em Gaia não tiveram qualquer efeito junto da câmara, nem era o objetivo.

Notícia

© PixaBay

Lusa
11/03/2025 19:03 ‧ ontem por Lusa

País

Babel

"Os pagamentos [de 50 mil euros a Paulo Malafaia] não tiveram qualquer efeito junto da câmara, nem era esse o objetivo", afirmou o arguido na 18.ª sessão do julgamento do caso relacionado com a alegada viciação de normas e instrução de processos de licenciamentos urbanísticos na Câmara de Gaia, a decorrer no tribunal local.

 

Segundo o Ministério Público (MP), os empresários Elad Dror e Paulo Malafaia "combinaram entre si desenvolverem projetos imobiliários na cidade de Vila Nova de Gaia, designadamente os denominados Skyline/Centro Cultural e de Congressos, Riverside e Hotel Azul", contando com o alegado favorecimento por parte do ex-vice-presidente da câmara Patrocínio Azevedo, igualmente arguido, que receberia em troca dinheiro e relógios.

O MP defende ainda que o advogado João Pedro Lopes, também arguido neste processo, fazia a ponte de Paulo Malafaia e Elad Dror com Patrocínio Azevedo.

Elad Dror reafirmou que deu 50 mil euros ao empresário Paulo Malafaia, também arguido, para o ajudar num projeto imobiliário em Gaia e não para corromper alguém naquela câmara.

Questionado pela magistrada sobre se alguma vez sentiu que as dificuldades colocadas pela autarquia aos seus projetos eram "para se chegar à frente", o empresário disse que não.

"Nunca senti isso", atirou.

Além disso, Elad Dror contou que, até hoje, não ganhou nada em Vila Nova de Gaia e que, antes pelo contrário, só perdeu.

Relativamente ao projeto Hotel Azul, no qual a câmara sugeriu aos promotores de dois hotéis para estabilizar uma escarpa que os separava a troca de isenção de taxas em futuros projetos, Elad Dror referiu que a autarquia é que o abordou para resolver um problema que nada tinha a ver consigo.

O arguido salientou que Patrocínio Azevedo explicou que era preciso reforçar a escarpa entre os dois hotéis e que o custo deveria ser repartido entre os promotores porque não havia conseguido contactar os proprietários.

"Nós fazíamos o trabalho e a câmara compensava-nos em taxas o que íamos pagar porque não era a nossa função", sustentou.

Elad Dror, que confessou ter sentido ter sido alvo "de uma emboscada", afirmou que tentou ajudar a autarquia e que, agora, está a ser julgado.

Leia Também: Babel: Dror diz que 50 mil€ que deu a Malafaia não foram para corromper

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas