A Guarda Nacional Republicana (GNR) tem em curso, esta terça-feira, uma operação contra a angariação e exploração laboral de cidadãos estrangeiros, no distrito de Setúbal, nomeadamente na zona de Sesimbra e de Almada.
A GNR explica que em causa está um inquérito criminal tutelado pelo Departamento de Investigação e Ação Penal Regional de Évora, "que investiga os crimes de angariação de mão de obra ilegal, fraude fiscal, falsificação de documentos e falsidade informática".
"As buscas iniciadas hoje de manhã visam três suspeitos, mas esse número poderá aumentar", disse à agência Lusa o major Ilídio Barreiros, 2.º Comandante do Grupo de Guarda de Fronteiras da GNR, adiantando que há mais de uma dezena de pessoas identificadas que são vítimas no âmbito do processo.
"As diligências policiais em curso, com origem na identificação de cidadãos estrangeiros em situação irregular no país, a viver em situações degradantes e explorados como mão de obra ilegal, visam a execução de 41 mandados de busca, dos quais 6 domiciliárias e 35 não domiciliárias, para recolha de elementos de prova complementares", informou a GNR, em comunicado.
Na operação encontram-se envolvidos mais de 130 militares de diversas Unidades e especialidades da GNR, que contam com o apoio da Autoridade Tributária (AT), da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), de Equipas Multidisciplinares Especializadas para a Assistência a Vítimas de Tráfico de Seres Humanos da Associação para o Planeamento da Família (APF), contando ainda com a presença de magistrados do Ministério Público.
O Notícias ao Minuto entrou em contacto com a GNR para tentar saber um balanço da operação, mas a força de segurança remeteu esclarecimentos para mais tarde.
[Notícia atualizada às 11h55]
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