O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, considerou que o primeiro-ministro, Luís Montenegro, é o "político português mais escrutinado de sempre" e, na polémica com a empresa familiar Spinumviva, "prestou os esclarecimentos todos sempre que foi questionado". Além disso, culpou o PS e o Chega por se terem aliado numa "coligação negativa" que conduziu o país a uma crise política e a eleições legislativas antecipadas.
"Se hoje vamos para eleições é porque houve, mais uma vez, uma coligação negativa entre PS e Chega que se aproveitou de uma situação que está hoje à vista, de forma desproporcionada, para um ataque ao primeiro-ministro e ao Governo e para uma queda de um Governo sem que haja qualquer fundamento, porque o primeiro-ministro não cometeu nenhuma ilegalidade, nem falha ética. Foi acusado de várias coisas pelo líder do PS e nenhuma delas era verdade. Entrámos num campeonato que era apenas jogado por André Ventura – de insinuações, ataques e maledicência – mas que agora também é jogado por Pedro Nuno Santos", defendeu, em entrevista à SIC Notícias.
Questionado sobre se o Governo mantém a previsão de 2,5% para o crescimento económico do país este ano, apesar da crise política, Miranda Sarmento sublinhou que o Executivo da AD mantém "uma boa perspetiva sobre aquilo que são as condições económicas para 2025, apesar da incerteza".
"É possível que a economia cresça mais do que 2,1%. Já adiantei, há algumas semanas, 2,5%. Em todo o caso é um crescimento robusto, bastante em cima da média da zona euro e da União Europeia", acrescentou o ministro das Finanças.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decretou eleições antecipadas para o dia 18 de maio após o Parlamento ter chumbado a moção de confiança avançada pelo Governo.
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