A obra deverá durar "pelo menos três meses", disse o chefe de departamento de conservação da Câmara Municipal de Matosinhos, Ricardo Teixeira, sem avançar com estimativas de custos.
"Só amanhã [segunda-feira], com o início dos trabalhos de desenho técnico, é que vamos saber exatamente melhor como será, mas sem dúvida que a solução futura terá de passar por um coletor novo", referiu.
Ricardo Teixeira acrescentou que o coletor antigo não será substituído e que os dois funcionarão numa lógica de 'bypass'.
Dezenas de armazéns da Zona Industrial da Arroteia, em Matosinhos, no distrito do Porto, ficaram inundados após o mau tempo que se fez sentir de sexta-feira para sábado.
Além de carros submersos, esta situação causou dificuldades aos utilizadores de equipamentos vizinhos às empresas, nomeadamente de um ginásio e de um hotel.
No local, durante todo o sábado, estiveram corporações de bombeiros de vários concelhos do distrito, bem como a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL) e, durante a noite, os serviços de Proteção Civil de Matosinhos tiveram o auxílio de bombas de alto débito vindas da Figueira da Foz e de Lisboa.
"A água demorou a ceder, mas neste momento já está controlada", disse hoje, cerca das 15h00, o responsável da câmara.
Neste momento, os trabalhos passam por preparar valas que acolham as bombas e as mangueiras que continuam a drenar a água e atualmente estão na estrada, de forma a garantir que na segunda-feira as empresas possam laborar e os camiões passar normalmente.
O plano, acrescentou Ricardo Teixeira, também passará por "tentar, com a ajuda de um robot que ainda vai chegar, ver qual é a obstrução do atual coletor e tentar limpar para que depois este funcione o melhor possível até e em simultâneo ao novo ficar pronto".
O responsável assegurou, por fim, que foi já reposta a energia na totalidade da zona.
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