Albuquerque critica "denúncias anónimas": "Desestabilização política"

O vencedor das eleições legislativas da Madeira disse ainda esperar "chegar a um acordo o mais rapidamente possível" com o CDS-PP para a formação de um governo.

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Notícias ao Minuto
25/03/2025 09:15 ‧ há 3 dias por Notícias ao Minuto

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Miguel Albuquerque

O líder regional do Partido Social Democrata (PSD) da Madeira, Miguel Albuquerque, afirmou que espera chegar a um acordo com o CDS-PP "o mais rapidamente possível" e acusou os "partidos populistas e extremistas" de fazerem "denúncias anónimas" para "causar desestabilização política".

 

Em entrevista à SIC Notícias, Albuquerque referiu estar a "conversar" com o CDS-PP e espera "chegar a um acordo o mais rapidamente possível" para a formação de um governo.

"A minha preferência sempre foi, como fizemos anteriormente, um acordo escrito parlamentar e um acordo de governo escrito", disse.

Questionado sobre a possibilidade de poder ser acusado no processo que investiga suspeitas de corrupção na Madeira, no qual é arguido, Miguel Albuquerque lembrou que ainda não foi "ouvido no processo" e que, caso venha a ser ouvido, "terá de esclarecer" as autoridades, apesar de considerar que "não existe qualquer fundamento para uma acusação".

"A minha convicção é que, ao longo de 30 anos de vida pública, nunca fui corrompido por ninguém. Sei quem sou e sei aquilo que faço e aquilo que fiz. Não existe qualquer fundamento para existir uma acusação", atirou. "Tenho muitas dúvidas de que isso vá acontecer, só por equívoco é que isso pode acontecer".

Miguel Albuquerque defendeu que as "denúncias anónimas" estão a "matar a democracia" porque "os partidos populistas e extremistas" utilizam-nas para "causar desestabilização política".

"Este instrumento de fazer política, neste momento, é através de denúncias anónimas, que levam a uma retirada dos bons quadros da vida pública e a que haja uma situação de incerteza e desestabilização que leva à queda de governos", atirou.

"Toda esta parafernália judicial leva a que os processos durem anos e anos e anos. As pessoas ficam inibidas a exercer as suas funções para que são eleitas e quando são absolvidas ninguém agradece", acrescentou.

O social-democrata considerou ainda que o Chega, o "partido do senhor Ventura", "gosta de histericamente provocar a terra queimada" e "está à espera que as instituições democráticas e os seus titulares vão caindo um a seguir ao outro para depois aparecer o salvador".

"São este tipo de circunstâncias que vão causando perturbação e disfuncionalidades na vida pública democrática", disse, acrescentando que os cidadãos devem saber distinguir a "utilização destes processos de forma enviesada para causar perturbação e aquilo que, na verdade, são ilícitos praticados, que nada têm que ver com esta situação".

Sublinhe-se que, de acordo com os resultados oficiais provisórios da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, o PSD obteve 62.085 votos (43,43%) e 23 lugares na Assembleia Legislativa Regional, constituída por um total de 47 deputados, falhando por um mandato a maioria absoluta.

A segunda força política mais votada foi o Juntos Pelo Povo (JPP), que alcançou 30.094 votos (21,05%) e 11 mandatos no parlamento regional, enquanto o PS passou de segundo para terceiro lugar, com 22.355 votos (15,64%) e oito lugares.

O Chega elegeu três deputados, com 7.821 votos (5,47%), o CDS-PP conquistou um mandato com 4.288 votos (3,00%) e a IL também um mandato, com 3.097 votos (2,71%).

Leia Também: Assembleia de Apuramento dos votos decorre hoje no Funchal

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