O Tribunal da Relação absolveu Clóvis Abreu do crime de homicídio qualificado consumado, no caso que envolveu a morte de Fábio Guerra, ex-agente da Polícia de Segurança Pública.
A notícia foi avançada pela SIC Notícias, que refere que esta instância entendeu que não ficou provado que o Clóvis Abreu tenha pontapeado a cabeça da vítima.
Recorde-se que Clóvis Abreu foi condenado a 14 anos de prisão em novembro passado, mas agora, condenado pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio na forma tentada e ofensas à integridade física, vê a sua pena reduzida para seis anos de prisão.
Abreu terá ainda de pagar uma indemnização no valor de 184 mil euros à família da vítima.
Clóvis foi o terceiro arguido a ser condenado pela morte de Fábio Guerra, depois de o Tribunal de Lisboa já ter considerado que este agiu de forma concertada com os então fuzileiros Cláudio Coimbra e Vadym Hrinko, condenados a 20 e 17 anos de prisão, respetivamente.
A morte de Fábio Guerra aconteceu em março de 2022, na sequência de agressões à porta da discoteca Mome, em Lisboa. O jovem, de 26 anos, morreu a 21 de março no Hospital de São José devido a "graves lesões cerebrais" sofridas na sequência das agressões.
Cláudio Abreu entregou-se às autoridades em setembro de 2023, mais de um ano depois de o crime acontecer. Na altura, o advogado disse que desconhecia se o seu cliente tinha estado em Espanha durante esse ano e meio, defendendo que esteve "nunca esteve fugido". "Nunca foi notificado para ser presente", justificou na altura.
[Notícia atualizada às 17h47]
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